Pesquisa de opinião pública divulgada no fim de 2006 confirma os altos índices de aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, faltando menos de um mês para o término de seu primeiro mandato.Levantamento do Ibope, feito sob encomenda da CNI (Confederação Nacional da Indústria), mostra que 57% dos entrevistados acham o governo Lula bom ou ótimo, maior índice desde o início do mandato, em janeiro de 2003. A nota média dada ao governo (7) também é maior dos quatro anos.Na outra ponta, apenas 13% consideram a administração federal ruim ou péssima. Para 28%, ela é regular. Já a aprovação à maneira de o presidente governar chegou a 71%, marca só superada pelo índice obtido em março de 2003 (75%). Na mesma linha, 68% disseram confiar em Lula, contra 28% que não confiam. A diferença entre um e outro índice (40 pontos) é a maior desde dezembro de 2003.ExpectativasO Ibope ouviu 2.002 eleitores de 140 cidades, entre os dias 7 e 10 de dezembro, e perguntou também sobre a expectativa em relação ao segundo mandato. Para 68% dos entrevistados, o segundo governo será ótimo ou bom, enquanto 11% esperam que seja ruim ou péssimo. Para 17%, será regular.Os eleitores disseram ainda que as prioridades, a partir de agora, devem ser saúde (52%), emprego (39%), combate à violência (26%), educação (26%), combate à fome e à pobreza (16%), combate à corrupção (10%) e combate à inflação (5%).Quando a pergunta se refere aos temas que exigem ?atenção especial da sociedade?, as prioridades mudam. Nesse caso, o combate à corrupção aparece em primeiro lugar, com 27%, seguido por segurança pública (23%), melhoria da qualidade da educação (20%), desenvolvimento econômico (9%) e redução dos gastos públicos (7%).Política e reformaA pesquisa mostrou que a 90% das pessoas nunca participaram de atividades ligadas a partidos políticos, enquanto 71% jamais militaram na defesa das idéias em que acreditam.A igreja e a escola dos filhos, de acordo com o levantamento, ainda são os locais onde as pessoas mais participam de atividades sociais. Na primeira, 35% disseram ter participação ativa. Na segunda, 27%.As perguntas específicas sobre reforma política revelaram que 54% dos entrevistados são contra o voto obrigatório, apenas 16% defendem o financiamento público de campanhas, 52% querem a fidelidade partidária e 58% aprovam o instituto da reeleição. FONTE: Partido dos Trabalhadores