Em operação para combater a exploração ilegal de lenha e carvão na região do Pantanal, o Ibama de Corumbá (540 km de Campo Grande) aplicou até o momento 13 multas, que somam R$ 4,7 milhões, a carvoarias do Estado. Entre as ações previstas para os próximos meses na Operação Ouro Negro, estão auditorias em propriedades rurais, carvoarias, escritórios de compra e venda de carvão e indústrias siderúrgicas.
Segundo Ricardo Pinheiro Lima, chefe do escritório regional do Ibama no município, a ação fiscalizou na semana passada seis carvoarias em Corumbá, Miranda e Aquidauana. Todas são fornecedoras, segundo o Ibama, das quatro siderúrgicas em operação em Mato Grosso do Sul -MMX, Simasul e as duas unidades da Vetorial.
As propriedades apresentaram irregularidades como a falta de licença ambiental e a prática de desmatamentos acima do limite autorizado. Elas tiveram o registro suspenso.
Segundo o Ibama, dos 10 milhões de metros cúbicos de carvão transportados no Brasil em 2007, 44% tiveram origem em Mato Grosso do Sul. "As atividades de extração de lenha e posterior produção de carvão poderiam estar impactando uma área de mais de 200 mil hectares anuais nesse Estado", diz nota do órgão.
Lima disse que a operação foi até o momento concentrada na região do Pantanal em razão da fragilidade do bioma. Outras cidades serão fiscalizadas.
Agressão
Em Mato Grosso, no município de Alta Floresta (830 km de Cuiabá), dois agentes da Força Nacional de Segurança que participam da Operação Arco de Fogo são suspeitos de agressão contra dois moradores da cidade -um deles tem 16 anos. A confusão ocorreu na saída de uma festa. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso. FONTE: Folha de São Paulo - 13/05/2008