A Fetape e a Contag realizaram, no dia 17 de junho, em São Bento do Una (PE), a I JORNADA DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES FILHOS/AS DOS/AS TRABALHADORES/AS RURAIS do MSTTR. A iniciativa fez parte das mobilizações do Dia 12 de Junho, dia mundial e nacional de combate ao trabalho infantil e teve a parceria da Prefeitura Municipal de São Bento do Una e do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município. Estiveram presentes no evento, representantes da secretarias municipais de Assistência Social, de Educação e do Conselho Tutelar, bem como as secretarias estaduais da Criança e da Juventude, de Direitos Humanos e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Na ocasião, 400 crianças e adolescentes do campo participaram de oficinas lúdicas de jogos e brincadeiras, dança, música, artes plásticas e teatro e tiveram a oportunidade de refletir sobre seus direitos e sobre os impactos do trabalho infantil em seu desenvolvimento. Ao final das oficinas, socializaram com os demais participantes o que pensam e o que querem as crianças e adolescentes do campo. A partir das reflexões foi elaborada a carta de São Bento do Una, documento que traz as principais reivindicações para a infância e a adolescência do campo e que foi lida para as representações governamentais presentes. A carta traz diretrizes para as ações municipais na garantia, defesa e promoção dos direitos de crianças e adolescentes do campo.
“A iniciativa buscou sensibilizar lideranças e dirigentes sindicais, atores públicos e da sociedade civil organizada, sobre a urgência de proteção infanto-juvenil e a necessidade de se adotar políticas públicas nesse campo. Também foi uma oportunidade de aprofundarmos a discussão sobre o que é o trabalho infantil e o que é aprendizagem no âmbito da agricultura familiar”, explicou Maria Aparecida de Melo (Mulica), vice-presidenta da Fetape e diretora de Políticas Sociais.
José Wilson, secretário de Políticas Sociais da Contag, enfatiza que a iniciativa da Fetape é resultado do aprofundamento do debate que o MSTTR tem feito sobre a infância e adolescência entendendo essas etapas como fundamentais para a construção da identidade de sujeito do campo. “Precisamos cada vez mais buscar garantir os direitos das crianças e adolescentes do campo, defendendo, principalmente, uma educação do campo de qualidade e o acesso às políticas públicas de saúde, cultura, esporte, etc” FONTE: Comunicação da Fetape