Iniciou nesta tarde de 5 de junho a plenária do Conselho Extraordinário da CONTAG, que tem por objetivo aprovar as emendas ao Documento do 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNTTR) vindas dos grupos de trabalho. Os três GTs, compostos pela diretoria da CONTAG e por dirigentes das Federações de todo o país, reuniram-se na tarde do dia 4 e na manhã desta quarta-feira.
Todos discutiram questões do texto de contextualização do avanço do capitalismo no campo e seus impactos, sobre o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS) e Plano de Lutas. O secretário de Meio Ambiente da CONTAG, Antoninho Rovaris, um dos coordenadores do Grupo 1, avaliou de forma positiva o debate. “Foi um debate tranqüilo. É claro que tivemos momentos de contraposição dentro do grupo, o que é normal.”
Foto do Grupo 1
Willian Clementino, vice-presidente e secretário de Relações Internacionais, disse que o Grupo 2 foi extremamente qualificado no ponto de vista da participação. “Tivemos condições reais de fazer o debate sobre as proposições que vieram das diversas plenárias que construíram o 11º CNTTR. Além disso, tivemos uma compreensão muito boa no grupo, onde a maioria dos pontos foram aprovados ou rejeitados por unanimidade.”
O secretário de Políticas Sociais, José Wilson, avaliou que o Grupo 3 avançou bastante nos debates. “Um dos fatores que possibilitou o bom trabalho é que o texto em discussão foi construído de forma dialogada, tanto internamente na CONTAG quanto com o envolvimento das federações. Então, era um texto bastante conhecido e consensuado.”
Foto do Grupo 3
No Grupo 1, Rovaris destacou a discussão sobre a implantação de grandes projetos proibição do uso do avião na pulverização agrícola. “Esses foram os temas mais debatidos de forma mais contundente pelos delegados e delegadas no nosso grupo”. No grupo 2, segundo Willian, o destaque foi a incidência da juventude, das mulheres e da terceira idade protagonizando a visão estratégica que o movimento sindical precisa ter no PADRSS e no seu Plano de Lutas. “Esse destaque é fundamental. Mas, a compreensão e o recorte político de disputa de projeto de pertencimento de classe também marcam profundamente o debate desse grupo, reconhecendo todos os sujeitos do campo, das águas e das florestas como estratégicos para o desenvolvimento.” Já José Wilson, destacou o debate sobre a necessidade de o MSTTR construir um diálogo com outras organizações sociais no sentido de somar forças em temas comuns, como na reforma agrária, na educação do campo e em outros. “Há uma preocupação se esta iniciativa interferia ou não na unicidade sindical. Mas, entendemos que o texto trata das organizações que já temos algum diálogo e que precisamos fortalecer essa relação para avançarmos ainda mais.”
Para o vice-presidente da CONTAG, a expectativa para a plenária em andamento é obter os mesmos resultados garantidos nos grupos, “que foram extremamente satisfatórios.” FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi