Um grupo de 29 pessoas, incluindo 3 crianças, vinha sendo mantido por pelo menos dois anos em condições degradantes por uma empresa madeireira, no interior de Cacequi (412 km de Porto Alegre), segundo a DRT (Delegacia Regional do Trabalho) do Rio Grande do Sul.
Eles trabalhavam em uma fazenda onde plantavam eucaliptos para a confecção de dormentes para ferrovias. No sábado, um homem fugiu e, após caminhar por dez horas, fez a denúncia à polícia. Uma força-tarefa formada por DRT-RS, Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Polícia Militar foi até a fazenda e constatou as condições em que o grupo vivia.
Segundo os depoimentos, eles dormiam em barracas de lona, não tinham banheiro e faltava comida, que era distribuída pelos empregadores em troca de seus salários.
O nome da madeireira não foi divulgado, segundo a DRT, "para não atrapalhar as negociações".
O Ministério do Trabalho considerou a situação como de "redução à condição análoga a de escravo", crime previsto no Código Penal. FONTE: Folha de São Paulo ? SP