A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Acre (Fetacre), a CONTAG, CUT, Conselho Nacional dos Seringueiros, Comitê Chico Mendes, S.O.S Amazônia, Movimento de Mulheres Camponesas, entre outras entidades que têm atuação na questão social e ambiental no Acre, levaram às ruas de Rio Branco, mais de mil trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares, no Grito da Terra Acre, nesta sexta-feira (06).
Após percorrem mais de 2km entre a praça da Gameleira e o Palácio do Governo do Acre, a Direção da Fetacre e representações das outras entidades sindicais e movimentos sociais presentes, apresentaram aos secretários(as) do governo estadual, a pauta dos povos do campo, com diversas reivindicações por direitos e políticas públicas, entre elas, a regularização fundiária, assistência técnica, construções de estradas vicinais (ramais), educação no e do campo, em especial, para a juventude rural.
Infelizmente, mesmo com todas as duras consequências sofridas historicamente pelos povos do campo, da floresta e das águas, agravadas ainda mais após a pandemia e as consequentes crises política, social, econômica atuais no País, o Governo do Estado do Acre, não atendeu a pauta apresentada pela Fetacre e demais organizações presentes.
Apesar na omissão e governo acreano, o presidente da Fetacre, Antônio Sergione (Cabeça), avalia de forma positiva a ação do Grito da Terra Acre.
Colocar mais de mil trabalhadores e trabalhadores rurais nas ruas de Rio Branco, após um longo período de pandemia, por si só já é uma importante vitória, pois demostra que apesar das crises que o Brasil passa, os povos do campo acreano seguem mobilizados por políticas públicas e direitos. Além disso, abrimos um diálogo com a gestão estadual, e esperamos que a mesma tenha sensibilidade e compromisso em atender as nossas reivindicações, a exemplo da abertura de estradas vicinais e a manutenção das que já existem, pontua o presidente da Fetacre, Antônio Sergione.
Presente no Grito da Terra Acre, o secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, Carlos Augusto Silva (Guto), diz que o Grito da Terra Acre foi de extrema importância, pois mobilizou os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares de todo o estado para conquistar políticas públicas fundamentais para a consolidação do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS). E concluiu. Continuaremos na luta e cobrando do governo, políticas públicas e os nossos direitos.
FONTE: Comunicação CONTAG - Barack Fernandes