Com a medida, as ações de várias secretarias vão ser intensificadas e abre-se a possibilidade do aporte de recursos federais. O decreto deve dividir os municípios em três categorias de acordo com a gravidade dos danos causados pelo fogo. Os municípios de Piatã, Rio de Contas, Abaíra e Livramento de Nossa Senhora figuram entre os que sofreram mais danos e devem ter prioridade no possível aporte de recursos materiais e financeiros. Com danos médios e leves aparecem os municípios de Dom Basílio, Jussiape, Barra da Estiva, Ibicoara, Érico Cardoso, Rio do Pires, Mucugê, Palmeiras, Lençóis e Andaraí. Em situação de risco e que ainda podem ser incluídos no decreto estão Wagner, Utinga, Boninal, Seabra, Iraquara e Bonito.
"Se realmente o decreto sair, poderemos centralizar nossas ações, ganhando em agilidade para conseguir ajuda das várias instâncias do estado", declarou Antônio Rodrigues, coordenador da Defesa Civil Estadual (Cordec). Com o estado de emergência, a Cordec deve ser a responsável pelas operações. Já está confirmado o envio de mais 35 homens do Corpo de Bombeiros para a região, o empréstimo de quatro carros com tração 4x4 pertencentes ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e o retorno para a área de um helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer).
O decreto chega quando em algumas regiões o fogo começa a ceder, como em Piatã. O município sofreu com incêndio durante quase 20 dias seguidos, mas enfrenta focos isolados desde julho. Na semana passada, a situação ficou tão crítica que quase as residências da área urbana foram atingidas, mas agora a situação parece sob controle e os bombeiros vão ser deslocados para o combate em Rio de Contas. No município, o combate ao fogo que ainda resta vai ficar a cargo de 20 brigadistas locais.
"Aqui em Piatã está controlado, mas é preciso ficar atento pois ainda surgem novos focos", declarou João Bosco, assessor da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). Ele, que está acompanhando a extensão dos danos à fauna e a flora, adiantou ainda que uma investigação será realizada para apurar a possibilidade de crime ambiental. "Não é possível a gente apagar um grande foco de um lado e do outro lado surgirem dois ou três ao mesmo tempo. Precisamos descobrir a origem", alertou Bosco. FONTE: Correio da Bahia ? BA