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Fruto de uma demanda da Confederação dos Produtores Familiares do Mercosul Ampliado (COPROFAM), foi realizada reunião entre a Diretoria da COPROFAM com os representantes dos cinco governos do Mercosul e a Secretaria Técnica da Reunião Especializada da Agricultura Familiar (Reaf) Mercosul para discutir o futuro e os rumos que todos querem dar para a Reaf.

A reunião aconteceu em Mendoza, na Argentina, nos dias 22 e 23 de março. Segundo o vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da CONTAG e secretário geral da COPROFAM, Alberto Broch, a COPROFAM apresentou um documento e discutiu com os representantes dos governos a necessidade de se construir um novo formato para a Reaf Mercosul, procurando eleger e priorizar os principais temas da agenda da agricultura familiar. “Queremos uma governança transparente, responsável, que permita fazer melhor gestão e operacionalização da Reaf Mercosul enquanto espaço estratégico de diálogo para a elaboração e recomendação de políticas públicas”.

Além de pensar no futuro, Broch explicou que também foi feita uma profunda avaliação quanto ao cumprimento das recomendações, realização das ações pelos governos, resultados das políticas públicas propostas pela Reaf, o seu alcance, bem como identificar os ajustes necessários nas políticas que ainda não foram implementadas ou que não foram plenamente, tornando-as mais amplas, inclusivas e que atendam, de fato, os agricultores e agricultoras familiares do Mercosul. “Foi uma reunião bastante importante para restabelecer um processo de confiança, de colaboração, de cooperação entre as organizações e os agricultores e agricultoras familiares. Então, foi um passo bastante importante e não foi o único, a ideia é seguir com esses encontros pelo menos uma vez ao ano para melhorar a gestão da Reaf Mercosul”, avalia Alberto Broch.

O dirigente da CONTAG e da COPROFAM destaca ainda que, em 14 anos de história da Reaf, essa foi a primeira reunião nesse nível para pensar o futuro da Reaf nesse momento de mudanças tão importantes e significativas de cenário na região. “E, na nossa avaliação, é uma mudança para pior, especialmente para a agricultura familiar. O compromisso das organizações e dos próprios governos que participaram desse momento é de não deixar morrer essa institucionalidade, afinal, esse é um dos únicos instrumentos no mundo de verdadeiro diálogo entre as organizações e os governos, que visa fortalecer a agricultura familiar de um bloco regional. Esperamos agora colocar em prática os encaminhamentos tomados nessa reunião”, completa Broch. FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi

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