O Fórum Nacional de Elaboração de Políticas para o Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo funcionará em caráter permanente e terá reuniões itinerantes. Essa foi uma das respostas dadas pela ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Nilcéa Freire, ao grupo de trabalhadoras rurais que estiveram no último dia 14 no órgão para negociar a pauta da Jornada das Margaridas.
Além disso, a ministra reeditou a portaria que cria o Fórum. Essa era uma reivindicação das mulheres desde o Grito da Terra Brasil 2008 e é um dos itens da pauta da Jornada. A coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag e vice-presidente da CUT, Carmen Foro, cobrou atuação mais ativa do Fórum. Ela elogiou o formato permanente de instância de discussão de políticas públicas para as mulheres do campo.
"Acho que ter um espaço permanente de debate sobre a questão da violência contra as trabalhadoras rurais é muito importante, pois a política se constrói assim, é um processo, não tem jeito. E também é muito importante fazermos grandes debates itinerantes sobre o tema da violência contra as mulheres", disse.
Na reunião, a ministra também informou que a campanha nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres do campo será lançada após o segundo turno das eleições municipais de outubro. Segundo ela, será dado destaque à campanha durante a quinta edição da Feira da Agricultura Familiar, que este ano ocorrerá no Rio de Janeiro, no período de 26 a 30 de novembro.
Jornada - Com o objetivo de retomar as discussões iniciadas na Marcha das Margaridas 2007, uma representação de cerca de 300 mulheres trabalhadoras rurais voltam a Brasília para mostrar que as reivindicações estarão em pauta até serem atendidas plenamente.
Desde o dia 11, as mulheres participam de audiências em vários ministérios, como o do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Trabalho e Emprego (MTE) e da Agricultura e Abastecimento (Mapa). Elas ainda têm audiências agendadas na Casa Civil e Ministério da Saúde. FONTE: Ciléia Pontes