16/01/2008
Os fornecedores de cana do Nordeste vão se reunir no dia 23, em Brasília, para pedir ao governo medidas de apoio ao segmento, entre eles, o Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor). Segundo Renato Cunha, presidente do Sindicato das Indústrias de Açúcar e Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar/PE), este programa, se autorizado, reduziria o impacto negativo do fim do programa de equalização da cana, que ajudava a região Nordeste e que foi extinto já há seis anos.
Depois de insistir na retomada do programa de equalização, que foi criado para suprir a diferença dos custos de produção do Nordeste com o centro-sul do país, o Sindaçúcar decidiu por um "plano B" para levantar recursos de apoio à atividade. "Se o Pepro for aprovado para cana, esses recursos poderiam ajudar os fornecedores a financiar os insumos para o plantio da nova safra", afirmou Cunha. O Pepro garante preços mínimos aos produtores e tem beneficiado sobretudo os cafeicultores. A região Nordeste conta com cerca de 20 mil fornecedores de cana.
Nesta safra 2007/08, que ainda está em andamento na região, a produção está estimada em 59 milhões de toneladas, um crescimento de 7,2% sobre o ciclo 2006/07. Até o dia 1º de janeiro, as usinas nordestinas processaram cerca de 39 milhões de toneladas de cana, segundo estimativas preliminares de Cunha.
A produção de açúcar no Nordeste deve ficar em 4,43 milhões de toneladas, um aumento de 5,4% sobre 2006/07. A oferta de álcool ficará em 1,92 bilhão de litros, alta de 7,8% em relação à safra passada. Assim como acontece no centro-sul, a safra da região está mais alcooleira.
O clima no Nordeste está favorável à colheita e as boas condições também beneficiam o próximo ciclo. No Nordeste, a colheita começa a partir de setembro e vai até abril. Alagoas e Pernambuco são os maiores produtores da região. FONTE: Valor Econômico ? SP