A Federação de Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Amapá (FETTAGRAP) realizou, em sua sede em Macapá, entre os dias 16 e 17 de setembro, seu Conselho Deliberativo. Representando a CONTAG neste evento, esteve a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais, Alessandra Lunas. Dentro dos debates constituídos neste encontro, um dos principais foi a questão da Floresta Estadual do Amapá (FLOTA/AP), que atualmente está gerando uma situação delicada. Criada em 2006, a demarcação da floresta sobrepôs vários assentamentos da reforma agrária, envolvendo muitas famílias que já estavam na área antes da criação da FLOTA. O debate girou em torno do posicionamento da Federação, no sentido de defender os interesses dessas famílias, apesar de tantos conflitos de interesses que existem na área, impulsionados por diversas razões. Estavam presentes na discussão, além dos dirigentes da FETTAGRAP, representantes do Instituto Florestal do Amapá e do Instituto do Ambiente e Ordenamento Territorial do Estado do Amapá (IMAP). Como resultado da discussão, ficou definido que haverá uma reunião urgente do grupo de trabalho, que tem participação da sociedade civil, para discutir propostas concretas que defendam os interesses das famílias envolvidas no processo. Esta reunião está prevista para outubro, e nela será dado início à construção de uma proposta completa e concreta, pra ser apresentada no Grito da Terra Amapá, que acontecerá nos dias 12 e 13 de novembro. “A ideia é que no Grito da Terra possamos fazer um processo de mobilização com representações a nível estadual e nacional, e todos que respondem por esse processo, pois a FLOTA foi criada num processo de doação da união para o estado do Amapá, então envolve Incra Nacional, Terra Legal e institutos do estado”, explica Alessandra Lunas. Dentre os objetivos do estudo deste caso, estão buscar alternativas de renda e sobrevivência para as famílias dos assentamentos que serão excluídos da reserva e estrutura para os que porventura possam ficar na área. “É um problema grande”, avalia Alessandra. “O compromisso colocado para a CONTAG e demais organizações é que, em curto prazo, possamos dar passos e chamar a atenção do governo federal e estadual, para que se faça um esforço conjunto de dar vazão a esse processo, que já tramita há muitos anos”, finaliza. FONTE: Imprensa CONTAG - Gabriella Avila