Uma delegação de manifestantes do Grito da Terra Brasil esteve nesta quarta-feira (12) no Congresso Nacional para dialogar e cobrar dos parlamentares a votação e aprovação de projetos de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Cerca de 50 lideranças sindicais de vários estados estiveram na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para defender a criação de políticas públicas diferenciadas para a agricultura familiar. Os trabalhadores e trabalhadoras rurais reivindicaram dos membros da Comissão de Agricultura a votação do projeto do Poder Executivo, que prevê a remuneração pela prestação de serviços ambientais. Eles também defenderam a revisão do Código Florestal Brasileiro para adequar a legislação ambiental à realidade da agricultura familiar. O deputado federal Anselmo de Jesus (PT-RO) recepcionou e defendeu o ato promovido pelos participantes do Grito da Terra Brasil. “Essa tipo de mobilização dos agricultores e agricultoras familiares na Comissão de Agricultura tem de ser feita sempre para cobrar o atendimento às reivindicações da categoria”, afirmou o parlamentar. As lideranças sindicais que participam do Grito da Terra Brasil também visitaram a Comissão de Trabalho e Administração de Serviço Público. Eles entregaram aos parlamentares um manifesto de apoio à aprovação do substitutivo ao Projeto de Lei 751/2003, que trata do enquadramento sindical. O movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais (MSTTR) defende que o enquadramento sindical siga os parâmetros definidos pela Lei da Agricultura Familiar. Essa questão é de fundamental importância para impedir que a Confederação nacional da Agricultura continue recolhendo as contribuições sindicais dos produtores familiares. A manifestação no Congresso Nacional foi finalizada com um “apitaço” no Espaço Mário Covas, localizado no Anexo II da Câmara dos Deputados. Os trabalhadores e trabalhadores rurais defenderam a necessidade da reforma agrária para o País e criticaram o movimento liderado pela bancada ruralista e pela CNA que vem tentando criminalizar os movimentos sociais que lutam pela democratização do acesso à terra. FONTE: Agência Contag de Notícias