Cerca de 400 dirigentes sindicais de todo o estado estarão reunidos hoje (03) e amanhã (04), na 1ª Reunião do Conselho Deliberativo, no Centro Social da Fetape, em Carpina. Dentre os assuntos de pauta, destaque para a apresentação do Planejamento Estratégico da Gestão 2014/2018 e do Calendário de Atividades do 1º Semestre deste ano. Também, na tarde do primeiro dia, a Diretoria de Política para as Mulheres da Federação juntamente com o Coletivo de Mulheres fará o lançamento da 5ª Marcha das Margaridas 2015, uma ação de âmbito nacional, que envolve mulheres do campo, da floresta e das águas.
Promovida pelo Movimento Sindical Rural e parceiros, a Marcha das Margaridas, hoje, é a maior mobilização de trabalhadoras rurais do país, que tem como lema “Desenvolvimento Sustentável com Justiça, Autonomia, Liberdade e Igualdade”, e vem se consolidando, a cada edição, na reivindicação e na denúncia; propondo e negociando ações e políticas públicas para as mulheres.
A Marcha surgiu por uma necessidade de as trabalhadoras rurais lutarem para avançar no combate à pobreza, no enfrentamento à violência contra as mulheres, na defesa da soberania alimentar e nutricional e na construção de uma sociedade sem preconceitos de gênero, de cor, de raça e de etnia, sem homofobia e sem intolerância religiosa.
De acordo com a Diretora de Política para as Mulheres da Fetape, Maria Jenusi Marques da Silva, a expectativa é que a Marcha deste ano se supere o número de participantes da anterior, que contou com 70 mil agricultoras e agricultores . “Nos lugares onde temos passado, nas reuniões mais gerais ou de planejamento da Marcha, estamos vendo o quanto as pessoas estão motivadas em vivenciar essa grande mobilização.”
Jenusi lembra que o sucesso da Marcha não depende apenas do Movimento Sindical Rural. “As parcerias estabelecidas com outras instituições são fundamentais para que se faça uma grande Marcha, com a participação coletiva”.
Nos eixos temáticos da plataforma política da pauta da Marcha, as mulheres trabalhadoras rurais reivindicam: - Biodiversidade e democratização dos recursos naturais - bens comuns - Terra, água e agroecologia - Soberania e segurança alimentar e nutricional - Autonomia econômica, trabalho, emprego e renda - Saúde pública e direitos reprodutivos - Educação não sexista, sexualidade e violência - Democracia, poder e participação política “A marcha tem sido muito importante para o empoderamento e a elevação da autoestima da mulher do campo. Essa mobilização fortalece a participação nos espaços de controle social e de ação política. A cada Marcha, quanto mais as mulheres conquistam, mais elas ficam entusiasmadas.”, avalia Jenusi. FONTE: Assessoria de Comunicação FETAPE