A superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Amazonas, Maria do Socorro Feitosa, reuniu-se na última semana em Manaus (AM) com cerca de 150 trabalhadores e trabalhadoras rurais assentados. Em discussão, a pauta do Grito da Terra do Amazonas, promovido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado (Fetagri) e apoiado por outros movimentos sociais.
O objetivo do encontro foi organizar uma agenda a ser levada ao Grito da Terra Brasil, programado para ocorrer no final da primeira quinzena de maio, em Brasília. Os questionamentos dos trabalhadores amazonenses relacionaram-se, principalmente, com a liberação de créditos, trabalhos de infra-estrutura, assistência técnica e providências sobre a evasão que vem ocorrendo nos assentamentos, a fim de que vagas possam ser abertas para novos assentados. A superintendente considerou justa a pauta do movimento.
As preocupações do Grito da Terra do Amazonas também estiveram relacionadas com a permanência das Unidades Avançadas que o Incra mantém no interior do estado. De acordo com Maria do Socorro, a intenção é que elas sejam mantidas. "O primeiro passo para isso será minimizar custos operacionais, o que já está sendo feito através de importantes parcerias já estabelecidas", afirma.
O meio ambiente também esteve na pauta da reunião, principalmente no que diz respeito às reservas legais dentro dos assentamentos de reforma agrária. A superintendente citou como exemplo o que já vem sendo feito no Projeto de Assentamento (PA) Tarumã-Mirim, em convênio com a Universidade do Amazonas, onde está sendo implantado um projeto-piloto de manejo.
Sobre o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), cuja primeira turma de nível superior no Amazonas colará grau no meio do ano (Normal Superior), a superintendente garantiu que o programa será expandido no estado e já sinalizou com a possibilidade da entrada do curso de Agronomia para os beneficiários da reforma agrária.