O Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais de Amarante, ligado a Fetag/PI, denunciou, nesta semana, a administração fraudulenta da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). O órgão seria o responsável em gerenciar a obra, de R$ 160 mil, na construção da agroindústria de farinha, mas pouco foi feito.
A expectativa dos assentamentos de Ararinha, Arara e Minbó era exportar a farinha produzida. Mas contrariando as possibilidades, as 800 famílias que vivem e trabalham na região tiveram prejuízo. Cerca de 70% da mandioca foi perdida por falta de produção. "O nosso prejuízo foi muito grande, todos nós sentimos a mesma dor em ver toda a nossa plantação estragada", conta Antonio Lopes de Sousa, trabalhador rural que mora no assentamento.
De acordo com Sousa, a obra - emenda liberada pelo Deputado Federal do (PSB) B Sá, em 2006 - foi tecnicamente administrada pela (Codevasf), que é ligada ao Ministério da Integração Nacional. Os R$ 160 mil foram depositados na conta da Associação, mas era liberado pela Codevasf para execução. A empresa Império das Bombas foi à fornecedora do material de construção, mas a Companhia era quem fazia a movimentação do dinheiro.
Um ano depois do seu início a obra está completamente parada, as 13 máquinas da casa de produção de farinha foram roubadas e nenhum quilo de farinha foi produzido no local. O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Amarante, José Pereira de Matos, conta que o mato está invadindo a obra inacabada, tamanho o abandono. "Acompanhados da direção da Fetag/PI chegamos a nos reunir com os técnicos da Codevasf, mas eles desconversaram e não convenceram o motivo da obra estar naquela situação", conta Matos.
O Presidente da Fetag/PI, Evandro Luz, afirma que os recursos eram importantes para que os trabalhadores pudessem ter emprego, produção e renda. "Eles foram vítimas de aproveitadores", acredita. A direção da Fetag vai encaminhar as denúncias à Procuradoria Federal para que o órgão investigue os fatos e puna e os responsáveis.
Assessoria de Comunicação da Fetag-PI (86) 9937-4090. FONTE: Fetag/PI