A Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba (Fetag/PB) discutiu a implantação da política de Territórios Rurais no Alto Sertão paraibano no último fim de semana. A questão foi pauta de quatro reuniões realizadas nos Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs) de Aparecida, Catolé do Rocha, Cajazeiras e Pombal. Participaram também da reunião representantes de outros sindicatos da região, de organizações não-governamentais (ONGs), da Emater, do Ibama e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
De acordo com o presidente da Fetag/PB, Liberalino Ferreira de Lucena, a Comissão de Acompanhamento, escolhida no último encontro, se reúne novamente no dia 13 de fevereiro, às 9h, no STTR de Aparecida. "Esta Comissão ficou responsável pelo encaminhamento da documentação necessária para entidades competentes e pela discussão da divisão do território. O grupo é formado por 16 membros, sendo metade do poder público e a outra da sociedade civil organizada.", explicou o dirigente.
Liberalino de Lucena disse ainda que a política dos Territórios é uma conquista do movimento sindical de trabalhadores e trabalhadoras rurais (MSTTR). "Essa política não nasceu nos gabinetes governamentais, mas sim a partir das lutas do MSTTR, que vem conquistando vitórias em prol da melhoria de vida dos seus representados".
O assessor político da Fetag/PB, Jordivan Lucena, destacou a importância e a necessidade da criação dos territórios como espaços democráticos, "Os territórios rurais são onde a política pública realmente é aplicada. Essas políticas devem ser concebidas a partir da discussão de projetos, por trabalhadores e poder público, que visem atender as necessidades da população do campo".
Jordivan Lucena lembra que os obstáculos serão muitos, mas que vale a pena enfrentá-los e relatou sua experiência como membro da Coordenação Executiva do Território do Médio Sertão. "Enfrentamos dificuldades na implantação dos projetos de investimento com recursos do Pronaf Infra-estrutura, entre elas a falta de comprometimento de alguns gestores públicos municipais e a burocracia da Caixa Econômica Federal,gerenciadora do dinheiro. No entanto, aos poucos vamos encontrando as saídas". FONTE: Fetag/PB