Dentre os artigos comercializados estão confecções, artesanato, rendas, bordados e produtos alimentícios.
De acordo com Eliana Nobre, articuladora do Programa Nacional de Feiras, o evento deve receber cerca de dez mil visitantes ao longo de três dias. Com relação ao volume de negócios, a expectativa dos organizadores é movimentar entre R$ 25 e R$ 30 mil.
O Feirão também promove oficinas e cursos de capacitação nas áreas de "Gênero de Etnodesenvolvimento", "Trabalho de Emancipação e Direito Previdenciário", além de "Autogestão e Comercialização".
Conforme dados da Rede Cearense de Socioeconomia Solidária, instituição responsável pela realização do evento, o Ceará é o segundo Estado do País em número de produtores no regime de economia solidária, com mais de 1.800 famílias cadastradas. Ressaltam ainda que cerca de 110 mil cearenses vivem diretamente da renda obtida através da iniciativa
Segundo Eliana Nobre, a Socioeconomia solidária representa uma forma de produção alternativa diferente do empreendedorismo capitalista. "Ela não visa o lucro de um indivíduo ou de uma empresa isolada, mas de toda uma comunidade. Todas as iniciativas são feitas em conjunto e os resultados do trabalho são partilhados por todos", afirmou Nobre. Além de promover o desenvolvimento comunitário, causam baixo impacto ambiental.
Há cerca de quatro anos, a artesã Margarida Soares Paiva, moradora da Barra do Ceará, juntou-se com três vizinhas e montou a Associação de Mulheres Vidas das Margaridas. O objetivo inicial do grupo era vencer o desemprego e garantir trabalho e renda a partir da produção de artigos de confecção e artesanato.
Atualmente, o grupo conta com 17 mulheres e obtém uma renda média de R$ 3 mil com a comercialização de artigos de vestuário. O preço médio das peças comercializadas varia entre R$ 8,00 a R$ 35,00. FONTE: Diário do Nordeste ? CE