Agentes da Polícia Federal (PF) no Acre prenderam na semana passada na capital Rio Branco mais um fazendeiro acusado de destruir a floresta na Amazônia. O implicado da vez é Tárcio Juliano de Souza, 31, cuja prisão preventiva havia sido decretada por Marcio Luiz Coelho de Freitas, da 2ª Vara da Justiça Federal no Amazonas.
Souza foi interrogado e indiciado por vários crimes, entre eles redução à condição análoga de escravo, aliciamento de trabalhadores, perigo para a vida ou saúde de outrem e destruição de floresta considerada de preservação permanente. Somadas, as penas podem chegar a 15 anos de prisão. O fazendeiro é acusado pelo desmate de 813 hectares na área rural de Lábrea (a 874km de Manaus, capital do Amazonas). As derrubadas ilegais na Amazônia destruíram o equivalente a um campo de futebol e meio por minuto em junho. Foram derrubados 612km² de florestas no mês. As projeções para 2008 não são nada animadoras. Elas indicam que a devastação poderá chegar aos 12.000km - no ano passado foram 11,2 mil.
Escravidão - Nas investigações, a PF descobriu que Souza arregimentava trabalhadores em Rio Branco. Essas pessoas eram levadas para a região de Lábrea e ali permaneciam em condições precárias e em situação de extrema degradação humana. O fato configura condição de trabalho análoga à de escravo.
Após ser indiciado e fazer os exames de praxe, o fazendeiro Tárcio Juliano de Souza foi enviado ao presídio Francisco d?Oliveira Conde, em Rio Branco, onde ficará à disposição da Justiça Federal, informou a Superintendência da PF no Acre. FONTE: Agência Amazonas de Notícias