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ABUSO
Famílias sofrem no Maranhão por conflito de terra
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06 de Maio de 2008

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Um dia de horror. Foi assim que os agricultores familiares que residem e trabalham há quatro anos no assentamento Santo André, próximo ao povoado São Benedito, a cerca de 30 quilômetros de Zé Doca, no Maranhão, classificaram a ação dos policiais e jagunços, na manhã do último dia 29.

De posse de uma ação de despejo, autorizada pelo juiz Francisco Ferreira de Lima, da Comarca de Penalva - que faz limite com Zé Doca, policiais e jagunços do Sr. Joaquim Antonio Serrão (filho da ex-prefeita de Pedro do Rosário e que se diz proprietário da área), derrubaram e queimaram todas as 17 casas de taipas, casas de forno e do poço construídas pelos assentados há cerca de quatro anos, destruíram plantações de bananas e hortaliças, humilhares senhoras e deixaram todos - inclusive crianças e mulheres grávidas - com fome e debaixo de forte chuva.

No assentamento residiam 26 famílias (mais de 100 pessoas, entre adultos e crianças) desde novembro de 2004, numa área de 400 hectares que a própria equipe de regularização fundiária do Incra que atua na região de Zé Doca garantiu aos assentados pertencer à União.

Humilhação - Por volta de 11h, chovia muito, quando os assentados foram surpreendidos pelos policiais e capangas. "Eles foram chegando, gritando e nos expulsando, sem dar tempo da gente tirar alguma coisa de casa e de trocar a nossa roupa", disse, um tanto envergonhada, dona Maria de Lourdes Marques da Luz, que foi humilhada pelos policiais. Ela encontrava-se quebrando coco quando eles lhe abordaram.

Dona Maria Antonia Simão, grávida de 8 meses, teve que ir acompanhada de policiais até o brejo "para pegar as milhas roupas que estavam lá". Ela e dona Eliane Pereira eram as únicas que estavam com comida pronta na hora do despejo. "Quando voltei do brejo, a comida não estava mais na panela. Eles tinham comido uma parte e derramado o restante, deixando nossas crianças com fome e com febre, debaixo da chuva", conta D. Eliane. Ela foi ameaçada por Keila, esposa do vaqueiro Zezinho - que toma conta da fazenda do Sr. Joaquim Serrão. "Ela apontou a arma para mim e só não atirou porque foi impedida por um dos jagunços", denunciou Eliane.

Os três filhos de Elisângela da Silva e os dois de Guilherme Antonio Alves, todos pequenos e que estavam com febre, pneumonia e diarréia na hora do despejo, tiveram seus sintomas agravados após ficaram na chuva.

Negociação - O Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Zé Doca e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão (Fetaema) já acionaram suas Assessorias Jurídicas para encontrar uma solução para o conflito. O STTR, por exemplo, entrou com uma contestação da ação, solicitando que a Justiça possa ouvir a direção do Instituto de Terra do Maranhão (Iterma) - que titulou, em 2006, a área com conflito social e agrário já instalado em 2004 -, e o Incra, que garantiu transformar a área em assentamento.

O presidente do sindicato, José Raimundo Mendonça (Cabeçinha), vem tentando negociar com o fazendeiro Joaquim Serrão uma trégua de no mínimo 60 dias, sem a presença de capangas na área, para que os assentados façam a colheita do arroz que sobrou, e a retirada do gado das áreas de lavoura. "Nesse período vamos analisar a proposta do fazendeiro sobre uma outra área para instalação do assentamento e cobrar do governo ou do fazendeiro tudo aquilo que for considerado prejuízo pelos moradores da área", acrescenta. FONTE: Assessoria de Comunicação da Fetaema



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