Integrantes dos Centros Familiares de Formação por Alternância (Ceffas) realizaram hoje (8) uma audiência, no auditório Petrônio Portela, para reivindicar aos Poderes Legislativo e Executivo mais investimentos para o Programa Nacional de Educação elaborado pelos Ceffas para a agricultura familiar. Segundo os agricultores, é necessária a inclusão dessa modalidade de educação nos fundos públicos de financiamento para evitar a evasão dos jovens do meio rural brasileiro. Participaram da reunião deputados, representantes dos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Educação e do Desenvolvimento Agrário, além de integrantes das Embaixadas da França e Argentina.
Os Centros Familiares de Formação por Alternância, conhecidos também como Casas Familiares Rurais e Escolas Família Agrícola, tiveram origem na França, em 1935, por iniciativa de um grupo de agricultores familiares. O sistema Ceffas no Brasil teve seu início no Espírito Santo, em 1969, com o objetivo de se pensar uma proposta educacional adequada à vida rural, em oposição à educação convencional. Esses núcleos valorizam a adequação à realidade local por meio da pedagogia por alternância, na qual rapazes e moças passam um período nos núcleos, discutindo projetos e sua realidade rural e, no outro, na propriedade da família, debatem os conteúdos desenvolvidos na escola e formas de adequá-los a suas necessidades e realidades locais.
Nos 21 centros existentes hoje no Brasil, os alunos têm oportunidade de obter especialização e assistência técnica voltada à agricultura familiar. De acordo com as instituições que adotam a pedagogia da alternância, 85% dos egressos permanecem no seu meio de origem, trabalhando no campo com suas famílias. Para os Ceffas, a manutenção e a criação de novos centros possibilitam a permanência dos jovens no campo - evitando, assim, o aumento da idade média da população rural - e estimulam sua formação empreendedora.
Da Redação / Agência Senado FONTE: Agência Senado - DF