Grandes índices de analfabetismo e defasagem escolar são registrados no meio rural. Isso acontece por fatores como a falta de políticas públicas estruturantes, ausência de escolas no campo e de propostas pedagógicas que considerem e valorizem a realidade do campo, entre outros que revelam ainda a fragilidade do sistema educacional rural.
A educação do campo é um elemento estratégico para o processo de desenvolvimento, para a formação humana e melhoria das condições de vida no campo, fato demonstrado por pesquisas e estudos. A garantia da educação para os povos do campo e da floresta, além de ser um direito assegurado ao cidadão brasileiro pela Constituição, agrega diversos valores que reafirmam a identidade e valorizam as relações sociais e de trabalho nessas regiões.
No âmbito das políticas sociais para o campo, o MSTTR tem trabalhado pela estruturação de uma política educacional, preparando lideranças, dirigentes e gestores para atuarem nos debates sobre o tema e incluindo essa demanda nas pautas de negociação com o governo. Com esse trabalho, muitos avanços já foram garantidos, mas ainda há um longo caminho com desafios para uma educação que atenda a todos com qualidade. Ainda nesta atuação, a construção e o fortalecimento de uma política pública de qualidade para os povos do campo e da floresta que assegure o direito de forma efetiva, é uma bandeira importante e necessária para o desenvolvimento do campo.
Consta no plano de lutas da categoria trabalhadora rural reivindicações pela inclusão da Educação do Campo nos Planos de Educação nacional, estadual e municipal, pelo acesso dos jovens rurais a bolsas de estudo em escolas de ensino fundamental até o superior e pela ampliação do acesso com qualidade aos povos do campo à política de educação, dentre outras.