A Educação de qualidade é um princípio que se fundamenta na certeza de que Educar é oferecer qualidade social a todos. Isso significa que a Escola não deve se limitar em transmitir aos seus alunos apenas informações, mas possibilitar a estes alunos adquirirem conhecimento de sua realidade e de sua história.
A globalização abriu caminhos para que a tecnologia e a informação chegassem às pessoas de forma rápida e eficaz. Isso tem exigido que as Escolas e Centros de Educação Infantil sejam readequados para acompanhar os avanços da sociedade.
Desde 2001, a Administração Popular de Dourados tem tido como objetivo proporcionar uma Educação de qualidade, que atenda as necessidades e exigências do mundo em que vivemos. Priorizou-se a implantação dos Centros de Educação Infantil Municipal, os famosos CEIMs, oferecendo infra-estrutura adequada, com materiais pedagógicos, professores e funcionários bem qualificados para transmitir às crianças uma formação de alto padrão.
Nas Escolas Municipais, o trabalho inicial foi de reestruturação, ou seja, adequar as Escolas às novas exigências. O trabalho começou a partir de 2001. Havia muitas escolas que funcionavam em lugares inadequados e que colocavam em risco a segurança dos alunos, então ao longo da atual Administração foram construídas mais de 104 salas de aula, 8 Escolas e 9 Centros de Educação Infantil Municipal - CEIM, totalizando 41 Escolas e 28 Centros de Educação Infantil Municipal.
Um antigo presídio foi reconstruído para transformar-se em Escola e Centro de Educação, Trabalho e Cidadania, sendo hoje a Escola Municipal Profª. Avani Cargnelutti Fehlauer, no Jardim Flórida I, o único presídio transformado em Escola e centro de cursos profissionalizantes para jovens e adultos, que se conhece.
No campo pedagógico, buscou-se oferecer formação aos profissionais da Educação, através de Cursos, Seminários, Encontros, para auxiliá-los na Educação dos alunos. Foi reestruturada, também, a Comissão de Valorização do Profissional do Magistério - CVP, que visa acompanhar a vida funcional dos profissionais do Magistério.
Foi feita a inclusão da Educação Especial em toda a Rede Municipal de Ensino. Hoje, as Escolas estão habilitadas a trabalharem com alunos que necessitem de atendimento especial e é referência nacional com o Projeto Índio - Surdo, que garante o direito à alfabetização em Libras aos alunos Indígenas Especiais, com conhecimento das Línguas Indígenas, através de intérpretes nas aulas e, fora da sala de aula, com atividades complementares. Dessa forma, foi possível contribuir para promover a igualdade e a diversidade em nossas Escolas.
No que se refere ao esporte, foram construídas 18 quadras para incentivar a prática do esporte nas Escolas, implantando o Projeto Nadar, que visa proporcionar às crianças, atividades educativas e prática da natação.
Para o ano de 2008, Dourados foi contemplado com o Programa Segundo Tempo, uma parceria entre Ministério do Esporte/ Governo Federal e Prefeitura Municipal de Dourados, através da Secretaria Municipal de Educação, que visa democratizar o acesso ao esporte educacional de qualidade, como forma de inclusão social, ocupando o tempo ocioso de crianças e adolescentes, em situação de risco social, além de oferecer atividades de artes plásticas, danças e outras, auxiliando no desenvolvimento do raciocínio lógico.
Com relação ao acesso, Dourados sofria com o problema de filas enormes, durante o período de matrículas, quando muitos pais chegavam a dormir nas filas e, muitas vezes, não conseguiam ser atendidos. Para solucionar este problema, criou-se a Central de Matrículas, uma parceria com a Secretaria de Estado de Educação, que veio para agilizar o atendimento à população, que não precisou mais enfrentar filas a fim de ingressar nas Escolas Municipais e Estaduais de Dourados, processo agora inova com a matrícula digital.
Outra grande conquista foi em relação à Educação Indígena, pois, antes de 2001, as Escolas Indígenas não possuíam uma política Educacional voltada à preservação da cultura e tradições indígenas, além das Escolas apresentarem uma infra - estrutura comprometedora. Foram construídas e implantadas as seguintes Escolas Indígenas: E.M. Pai Chiquito, no Panambizinho; E.M. Indígena Agustinho e E.M. Araporã, na aldeia Bororó. Implantou-se o processo de Reorientação Curricular dentro das especificidades da Educação Escolar Indígena, além de se criar o cargo de Professor Indígena, preservando e expandindo a cultura indígena.
A Educação no Campo também passou por reformas significativas pois, antes, muitos alunos não queriam estudar nas Escolas dos distritos e extensões rurais, pelo fato destas Escolas estarem em péssimas condições e com deficiência de recursos pedagógicos. Hoje, temos Escolas bem equipadas, com ótimos profissionais, para atender a população que vive em fazendas, assentamentos e comunidades de agricultura familiar.
A Educação de Dourados também foi presenteada com o PAE (Programa de Acompanhamento Escolar), que visa minimizar os índices de reprovação escolar, atendendo alunos com distorções idade/série e aumentar o índice de inclusão de alunos no processo ensino-aprendizagem, pois a Administração Popular trabalha com a preocupação de agir com a atenção voltada às especificidades de cada criança, resgatando sua confiança e auto - estima.
Foram criados e implantados vários Programas, dentre os quais se destaca o PROERD(Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), em parceria com a Policia Militar. Atende crianças do 4° ano do Ensino Fundamental, desenvolvendo palestras e atividades educativas.
Há que se reconhecer que a qualidade do ensino oferecido nas Escolas e Centros de Educação Infantil apresentou avanços significativos, de 2001 a 2007, sendo o maior objetivo oferecer qualidade social e pedagógica, garantindo Educação a todos.
Enfim, pode-se considerar que a Educação de Dourados tornou-se referência no estado e no país, pelos avanços tanto na estrutura física e administrativa, como no campo pedagógico, proporcionando conhecimentos à população e democratizando a Educação, o que fez e continua fazendo a diferença na realidade educacional de Dourados.
*1Professora de Biologia.
*2Acadêmica do 7º Semestre do Curso de Relações Internacionais da FAD Dourados. FONTE: O Progresso ? MS
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