As mulheres do Movimento das Quebradeiras de Coco do Babaçu prometem estar entre as 50 mil esperadas para a Marcha das Margaridas, em Brasília. A maranhense Sebastiana Ferreira, mais conhecida como Dona Moça, é a coordenadora do Movimento e uma das pioneiras na luta contra a destruição dos babaçuais. Segundo ela, durante muito tempo as mulheres tinham que quebrar o coco e ainda dividir a renda com os donos das fazendas, onde estavam as plantações.
Dentro dessa demanda toda a gente sofreu bastante, brigamos com fazendeiros que derrubavam babaçuais, explicou Dona Moça. Hoje, em sete municípios do Maranhão elas conseguiram aprovar uma lei que garante o livre acesso a plantação de babaçus e a coleta do coco.
Além de coletar o coco, as quebradeiras começaram a produzir óleo, sabonetes e outros produtos derivados do babaçu. Hoje, muitas delas estão organizadas em cooperativas e, com isso, conseguiram aumentar sua renda. Dona Moça compara que há alguns anos tinha de vender oito quilos de coco para comprar um quilo de arroz. Hoje, com a venda de um quilo do coco é possível a mesma quantidade de arroz.
Para a coordenadora do Movimento das Quebradeiras de Coco do babaçu, a vida das mulheres já melhorou, mas ainda é preciso lutar. Ela avalia que o Seminário Preparatório para a Marcha das Margaridas foi muito importante.
O Movimento das Quebradeiras de Coco do Babaçu é um dos parceiros da Comissão Nacional de Mulheres da Contag. Desde os anos 90 mulheres do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins se organizaram para lutar contra a destruição dos babaçuais e as injustiças da cadeia produtiva. FONTE: Agência Contag de Notícias