Diretores das Federações Estaduais dos Trabalhadores na Agricultura (Fetags) que acompanharam a rodada de negociações da Contag com a direção do Incra se manifestaram nesta sexta-feira (7) sobre a resposta apresentada pela direção do órgão à pauta de reforma agrária do GTB 2010. Os dirigentes avaliaram como positivo o diálogo entre a Contag, as Fetags e o Incra e afirmam que as respostas dadas pelo instituto foram satisfatórias no conjunto das propostas e no avanço em questões mais polêmicas vivenciadas pelas lideranças sindicais e trabalhadores(as) rurais nos estados.
“Sabemos que em algumas reivindicações a gente tem dificuldades em avançar e em outras avançamos bastante. E aí destaco a questão da desapropriação das 14 áreas para fins de reforma agrária, mais de cinco só no Piauí. Saímos, portanto, do Grito, com respostas concretas nesta e em outras reivindicações antigas em que o movimento sindical não conseguia avançar”.
Antonio José da Rocha Oliveira – vice-presidente da Fetag-PI
“A meu ver a gente teve alguns avanços por poder destravar algumas áreas que estavam aí há muito tempo. Um ponto que destaco foi a atenção do presidente do Incra em nos atender e ter estado com a nossa comissão em cada reunião e tirar uma agenda positiva para os estados para debater com a Superintendências todos os entraves, como as questões ambientais e de obtenção de áreas”.
Ana Benice Ferreira (Aninha) – secretária de Política Agrária da Fetagri-PA
“Precisamos avançar muito mais. Mas avalio como positiva a questão do destrave dos recursos que estão bloqueados nas associações há muito tempo e o Incra aceitou ver com as Superintendências uma saída para esse problema. Outro encaminhamento, que é tanto de Agrária como de Agrícola, é a questão da assistência técnica para os assentamentos e para toda a agricultura familiar”.
Idevilson Alves da Paz (Pingo) – Secretário de Política Agrária da Fetag-AL
“O resultado não foi satisfatório do ponto de vista do conjunto das reivindicações. Mas tivemos encaminhamentos positivos, como a questão da reunião de avaliação com os superintendentes regionais, em agosto e em novembro. É importante essa continuidade para medirmos em que se avançou ou não e, se houver a necessidade de voltar a Brasília, a gente voltar de novo”.
Antonio Paulo da Silva – secretário de Política Agrária da Fetagri-MT FONTE: Gil Maranhão, Agência Contag de Notícias