Foto: Fórum da Sociedade Civil que antecede a Reunião Plenária do Comitê de Soberania Alimentar
A CONTAG segue participando de importantes agendas, em Roma/Itália, representando os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares em espaços estratégicos de proposição de políticas públicas e de controle social mundial. Neste sábado (13), aconteceu a abertura do Fórum da Sociedade Civil que antecede a Reunião Plenária do Comitê de Soberania Alimentar e também foi realizada uma reunião do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, com o Comitê de Coordenação do Mecanismo da Sociedade Civil - MSC. Esta reunião com Graziano foi coordenada pelo vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da CONTAG, Alberto Broch, que também é o secretário geral da Coprofam.
Nesta ocasião, os coordenadores e coordenadoras do MSC cobraram de Graziano maior compromisso da FAO na manutenção e apoio necessário para o funcionamento deste importante espaço de diálogo da Sociedade Civil. Graziano reafirmou o compromisso e disse que o MSC será mantido. Quanto ao apoio financeiro, destacou que dadas as limitações financeiras enfrentadas pela FAO, o órgão da ONU não consegue atender às demandas do MSC, comprometendo parte o trabalho deste. Quanto ao compromisso da FAO em fortalecer as iniciativas promotoras da produção agroecológica, afirmou que esse é um caminho sem volta a ser seguido por toda a agricultura. “O horizonte temporal para que a agroecologia seja praticada por todos os homens e mulheres que fazem agricultura vai depender da capacidade de investimento dos governos e das exigências dos consumidores na compra de alimentos de boa qualidade”, afirmou Graziano.
O diretor-geral da FAO aproveitou a ocasião para dar recado, uma orientação aos membros do MSC: “procurem diminuir o número de temas na agenda do Mecanismo e procurar focar em temas centrais e estratégicos para serem tratados com os Governos no Plenário do CSA”, sugeriu Graziano.
Aberto Broch, no entanto, destacou que mais do que simplesmente apoiar a agroecologia, é preciso que a FAO tome posição a respeito da violação dos direitos fundamentais dos(as) camponeses(as) e agricultores(as) familiares de ter acesso aos recursos naturais - terra, água e território para que estas famílias possam se fixar, trabalhar a terra e produzir alimentos com dignidade.
A reunião do Comitê de Coordenação do MSC foi rápida, porém marcante, por se tratar da última agenda de José Graziano com o Mecanismo na condição de diretor-geral da FAO, pois terminará seu mandato no primeiro semestre de 2019. FONTE: Assessoria da Vice-Presidência e Secretaria de Relações Internacionais da CONTAG