Relatório preliminar da Comissão de Direitos Humanos e Minorias aponta pelo menos 16 militantes sob ameaças, inclusive contra suas vidas. No entanto, segundo o presidente da comissão, deputado Luiz Couto (PT-PB), o número de defensores dos direitos humanos sob risco pode ser bem maior. O deputado espera completar o relatório em fevereiro e encaminhar o resultado do estudo à Presidência da Câmara e autoridades federais e estaduais para que tomem providências.
Luiz Couto revelou que os ameaçados são principalmente profissionais que atuam na zona rural. "Há uma lista de defensores, sindicalistas, ambientalistas, pessoas na luta pela reforma agrária que estão para serem executadas, assassinadas", ressaltou.
Programa de proteção
O deputado destacou que existe um programa de proteção às pessoas ameaçadas, mas, em sua avaliação, isso só não basta. Couto pede a punição dos envolvidos. "A impunidade passa ser a grande arma que eles têm para continuar agindo dessa forma. Por isso é importante uma ação para investigar e apurar com profundidade e prender esses que estão ameaçando, porque o que queremos é que a polícia possa estar lá, a serviço do cidadão, investigando e combatendo o crime organizado."
Sem privacidade
O próprio parlamentar vive sob a proteção da Polícia Federal desde junho de 2003. Ele fez denúncias contra o narcotráfico e grupos de extermínio no Nordeste, além de revelar o envolvimento de políticos e empresários na exploração sexual de crianças de adolescentes. Com isso, perdeu a privacidade e não pode ficar em lugares públicos sem a proteção policial. FONTE: Agência Câmara ? DF