Mandacaru quando fulora na seca, é o sinal que a chuva chega no sertão. (Luiz Gonzaga)
Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga ocupa uma área de cerca de 734.478 km2, estando em aproximadamente 70% da Região Nordeste e em algumas faixas da Região Sudeste que ficam ao norte do estado de Minas Gerais, o que representa 11% do território nacional.
O nome Caatinga vem do tupi-guarani e significa floresta branca. Um nome que traduz as caraterísticas desse ecossistema, cujas folhas caem no período da estiagem.
Devido os longos períodos de seca, a Caatinga tem características do clima semiárido, e vegetação e fauna que desenvolveram mecanismos de sobrevivência em razão da pouca disponibilidade de água.
A sua flora é formada por uma vegetação xerofítica, por árvores de pequeno porte e arbustos de troncos retorcidos com a presença de espinhos. Destaque para o xique-xique, o mandacaru, o umbuzeiro, o jatobá, a aroeira e a macambira.
Na fauna da Caatinga existem cerca de 97 espécies de répteis, 45 espécies de anfíbios, 200 espécies de aves e 178 espécies de mamíferos. Dentre as espécies que podem ser encontradas nesse bioma, podemos citar: o preá, o tatú-peba, o veado-catingueiro, o gato-do-mato, o galo-da-campina,o gavião-carcará e a asa-branca.
Preservando esse importante patrimônio natural brasileiro, estão milhares de agricultores e agricultoras familiares que através do cultivo de forma sustentável e sem o uso de venenos agroquímicos, preservam o solo, a flora e a fauna da Caatinga, ao contrário das práticas agressivas aplicadas pela agricultura patronal (agronegócio) que desmata e transforma em monoculturas o bioma, pondo em risco as vidas e o meio ambiente.
Neste Dia Nacional da Caatinga celebrado anualmente em 28 de abril no Brasil, é mais uma oportunidade de nos conscientizarmos sobre a importância da conservação para o equilíbrio ambiental e permanência das vidas no planeta Terra.
"Preservar a 'Caatinga' e a Agricultura Familiar é garantir à população brasileira a segurança alimentar e a soberania alimentar, com acesso à alimentação de qualidade (que atenda as necessidades nutricionais) e que também o povo possa produzir alimentos da sua maneira sem depender de poderes externos", afirma a secretária de Meio Ambiente da CONTAG (gestão 2017-2021), Rosmarí Malheiros.
Viva a Caatinga!
Viva a Agricultura Familiar! FONTE: Comunicação CONTAG - Barack Fernandes