O Dia da Mata Atlântica foi instituído por Decreto Federal desde 1999 e a data faz referência a 27 de maio de 1560, dia em que o Padre Anchieta assinou a Carta de São Vicente, documento no qual descreveu, pela primeira vez, a biodiversidade das florestas tropicais. O objetivo do Dia da Mata Atlântica é apresentar e divulgar medidas para a preservação de um dos biomas mais ameaçados do planeta.
A Mata Atlântica é um dos principais biomas do País e é um patrimônio natural da humanidade pela Unesco. Ela é essencial para a biodiversidade, estabilização do clima, o fornecimento de água, a conservação do solo, vida e bem-estar dos seres humanos. Apesar de toda a sua importância, está sendo devastada por centros urbanos e commodities (a exemplo da cana-de-açúcar, carne, soja, milho, papel e celulose, algodão, etc). Atualmente, restam apenas 12,5% da área original da Mata Atlântica.
Mesmo assim, abriga 145 milhões de brasileiros(as) em 17 estados, ou seja, cerca de 70% da população nacional, 1.020 espécies de aves, 298 espécies de mamíferos, 20 mil espécies de árvores e arbustos; e fornece água para aproximadamente 60% da população brasileira.
É a terra de 383 animais ameaçados de extinção, entre eles o mico-leão-dourado, o bugio, a onça-pintada, o papagaio-do-peito-roxo, o bicho-preguiça, entre outros. Torna-se ainda mais bela com as suas orquídeas, ipês, jacarandás e jequitibás, e mais saborosa com as suas frutas nativas, como a pitanga, goiaba, maracujá, jabuticaba e outras delícias.
A Mata Atlântica é a formação florestal mais antiga do Brasil, estabelecida há pelo menos 70.000.000 de anos e abastece sete das nove bacias hidrográficas do Brasil. Outra importante característica é a sua alta capacidade de regeneração, apesar de ser uma das ecorregiões mais ameaçadas do planeta.
A Mata Atlântica se encontra no coração da América do Sul e é inegável a sua importância para todos e todas e para a biodiversidade do nosso País. Precisamos preservar e cuidar com mais carinho e responsabilidade deste bioma. Para isso, precisamos fortalecer a legislação que a protege, e não flexibilizar. Essa é uma importante bandeira para a CONTAG, Federações e Sindicatos, destacou a secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Rosmari Malheiros. FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi, com informações da WWF e SOS Mata Atlântica