27/02/2008 13h10
O deputado Luciano Pizzatto (DEM-PR) informou há pouco a parlamentares suecos que o Estatuto dos Povos Indígenas (PL 2057/91) ainda não foi aprovado pela Câmara em razão de divergências entre os partidos. Apesar disso, ele lembrou que hoje existem no País 400 mil índios, o que corresponde ao dobro do que havia há 30 anos e a 10% do total estimado de 500 anos atrás. O País conta ainda com mais 110 milhões de hectares de territórios indígenas já demarcados.
Essas terras, conforme lembrou o parlamentar, são palco de conflitos, principalmente em razão da mineração. O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), no entanto, lembrou que está na agenda do parlamento tomar uma decisão sobre a exploração dos recursos minerais nas terras indígenas e que uma comissão especial trata do assunto (a comissão que analisa o PL 1610/96).
Por sua vez, o deputado Edson Duarte (PV-BA) afirmou que, sempre que existe um conflito envolvendo aspectos culturais e econômicos nas terras indígenas, os econômicos levam vantagem.
Tradição
Pizzatto, Gabeira e Duarte participaram de reunião, já encerrada, com parlamentares suecos para discutir assuntos ambientais. A reunião foi promovida pelas comissões da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Na reunião, o chefe da delegação sueca, deputado Ola Sundell, disse que seu país reconhece a tradição brasileira na luta em favor do meio ambiente. Ele também afirmou que vê semelhança entre as duas nações, uma vez que ambas podem usar biocombustíveis e energia hídrica. Por outro lado, lembrou que a Suécia é responsável por apenas 0,2% da emissão mundial de gases na atmosfera e que os problemas mundiais só serão resolvidos a partir da cooperação entre os países.
Também presente na reunião, a embaixadora da Suécia no Brasil, Annika Markovic, propôs aos parlamentares brasileiros que também visitem a Suécia para conhecer o trabalho ambiental lá realizado. Ela espera que as relações comerciais entre Brasil e Suécia avancem a partir do atual diálogo. FONTE: Agência Câmara ? DF