Insatisfeito com a demora do Governo para enviar ao Congresso Nacional a Medida Provisória, que promete sanear parte do passivo rural, o deputado Homero Pereira (PR-MT), cobrou mais celeridade e respeito ao produtor rural no plenário da Câmara dos Deputados.
O parlamentar afirma a demora está provocando conseqüências ao produtor e pode trazer risco à produção de nova safra. Segundo ele, a classe produtiva está sofrendo pressão das instituições financeiras com ameaças de títulos protestados.
"Os produtores estão apreensivos com essa situação. A data determinada para tornar pública medidas do Governo era dezembro de 2007. Estamos iniciando maio de 2008 e ainda não há uma definição. Essa demora trás conseqüências gravíssimas aos agricultores e a produção".
Em Mato Grosso, os produtores sendo executados pelos bancos, que ignoram resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) concedendo mais prazos para o pagamento de operações de custeio e investimento das safras 04/05, 05/06, 06/07.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira, afirmou que as instruções para prorrogar o pagamento das parcelas com vencimentos entre abril a setembro para 30 de setembro não ajudou em nada o agricultor. "A situação não mudou, continuamos inadimplentes. Enquanto o governo empurra para sabe lá quando a publicação da MP do endividamento", lamentou.
Temerosos pelas conseqüências da indefinição da Medida Provisória, parlamentares da bancada ruralistas definiram articulações políticas de pressão contra o executivo. Dentre elas, chamar o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia para o problema, da mesma forma se reunir com os ministros da Fazenda, Guido Mantega e Agricultura, Reinhold Stephanes , dos quais pediram explicações.
"Chega de esperar, o produtor não tem tempo, as ações de execuções acontecem à revelia do Governo. Queremos resultado", cobrou Homero Pereira. FONTE: Portal 24 Horas News/MT - 07/05/2008 - 20h36