Todos os gêneros e gerações estarão representados e contemplados no 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNTTR). Com o objetivo de defender os interesses de grupos específicos e contribuir com os debates do evento, jovens, terceira idade, homens e mulheres de todas as regiões do País participarão da atividade que tem o papel político de debater e deliberar sobre os grandes temas desafiadores para o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e definir os rumos da ação político-sindical no país nos próximos quatro anos. No MSTTR, a luta histórica dos trabalhadores e trabalhadoras rurais vem sendo ampliada e enriquecida pelas demandas específicas de gênero e geração e pelo protagonismo das mulheres, jovens e pessoas da terceira idade. Com uma maior experiência de vida e também de vivências no MSTTR, os delegados(as) da terceira idade terão papel extremamente importante nas discussões do 11º CNTTR. “Nossa expectativa é que venha um bom número de idosos e idosas rurais. Essa parcela da população discute com pé no chão, com firmeza e com a certeza do querem e do que precisa ser feito no momento. Acredito que a terceira idade dará uma grande contribuição para o movimento, pois estarão presentes em todos os grupos falando com experiência, vontade e desejo de ajudar”, explica Natalino Cassaro, secretário da Terceira Idade da CONTAG. Entre os assuntos relacionados a esta geração, será debatido no evento as questões referentes à exploração e exclusão, o respeito e valorização nas relações sociais políticas e produtivas no campo.
Braz Vieira da Silva, delegado representante da terceira idade do Maranhão, espera que o Congresso ajude a terceira idade a ter mais oportunidades de participação no movimento sindical. “Espero que sejamos incluídos em várias outras ações e do movimento. Isso é importante, pois até agora temos sido um pouco excluídos e nesse Congresso espero que possamos aumentar a participação para nos sentirmos mais satisfeitos”, declarou.
Para Alice Rovaris da Silva, coordenadora da Terceira Idade de Santa Catarina, a expectativa é que, a partir do Congresso, sejam trazidos para a realidade os direitos que estão no Estatuto do Idoso. “Vamos ter que lutar para que o Estatuto do Idoso saia do papel. Temos que adquirir na realidade os direitos que estão no documento para não sermos esquecidos e apagados, pois ainda temos muito o que contribuir para o movimento sindical. Nossa experiência de vida pode ajudar muito”, explica.
Osvania Ferreira Correia, do Pará, participa pela primeira vez do Congresso e diz que é uma grande satisfação estar no evento. “Espero que o que vamos discutir aqui possa ser aproveitado para o desenvolvimento do nosso trabalho sindical nas regiões. Quero levar conhecimentos para ajudar outros do meu estado. Pois nós, da terceira idade, já lutamos muito, já estamos aposentados, mas ainda estamos na luta por nossos filhos e netos para que também possam ter seus direitos e deveres reconhecidos", relata a delegada.
Neuzo Antônio de Oliveira, delegado representante do Mato Grosso, já é veterano no evento e avalia que este Congresso está se propondo a enfrentar o novo, tanto com relação às propostas apresentadas como na disposição das pessoas que participam. “Como delegados representantes da base temos que nos preparar para construir este novo. Os desafios se multiplicam e se renovam, temos que olhar para nossas ações e lutas e redirecioná-las”, declara. Para Neuzo, o desafio da terceira idade é se enxergar nesta luta. Além disso, fazer com que a terceira idade e a juventude se encontrem. “Existe uma ruptura entre as faixas etárias e quando pregamos o protagonismo da juventude, esquecemos de colocar que devem buscar experiências com a terceira idade. Isso acontece também no urbano, mas não podemos perder essa integração”, relata.
Silvestre Ribeiro de Souza Neto, delegado representante do Espírito Santo, afirma que a terceira idade tem um papel muito importante no Congresso. “As pessoas da terceira idade são as que carregam o movimento sindical em todo o País, são mais participativas e atuantes”, declarou.
FONTE: Imprensa CONTAG - Graziella Itamaro