A Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulga hoje dados preliminares de um estudo inédito que demonstra que a Previdência Social pública pode ganhar em superávit e ainda possibilitar a redução da carga tributária global sem que nenhum direito seja reduzido ou eliminado. Os principais resultados do estudo serão apresentados pelo presidente da CUT Artur Henrique nesta quinta, dia 10 de maio, durante reunião do Fórum Nacional da Previdência, que acontece no 9º andar da sede do Ministério. Artur concederá entrevista coletiva no local às 15h30. A apresentação do estudo para o Fórum tem início previsto para as 16h20.
A fórmula para atingir o objetivo de alavancar a Previdência é incluir os trabalhadores que atualmente estão fora do sistema. O estudo comprova que a Previdência e a formalização dos trabalhadores, combinadas, alavancam o crescimento econômico, e não o contrário. Os dados desmontam alguns mitos sobre a Previdência, como o de que o sistema é generoso demais ou de que os brasileiros se aposentam mais cedo que a média dos demais países.
Alguns pontos do estudo:
o ingresso na Previdência de apenas 3% dos trabalhadores ocupados hoje na informalidade traria receitas adicionais da ordem de R$ 3 bilhões (ver tabela na lâmina 34 do arquivo em anexo); se o PIB tivesse crescido anualmente apenas 0,5% a mais no período entre 1995 e 2005, a receita de contribuição de empresas e trabalhadores teria crescido pelo menos 5% a mais (ver lâmina 30); caso o PIB houvesse aumentado anualmente 2,5% a mais no mesmo período, só a receita de contribuição de empresas e trabalhadores cobriria todas as despesas com aposentadorias e pensões (ver lâmina 30); em um cenário de crescimento como o apontado acima, o aumento das receitas permitiria que o Brasil pudesse eliminar ou reduzir tributos como a CPMF; a alegação de que o brasileiro em geral aposenta-se cedo é mentira. A idade média de aposentadoria no Brasil é de 60,8 anos ? maior que na Argentina, Bélgica, China, Costa Rica, França e Itália, por exemplo (ver lâmina 19); se a Previdência Pública brasileira não existisse nos moldes preconizados pela Constituição de 1988, até 70% dos idosos brasileiros viveriam abaixo da linha da pobreza, com menos de US$ 2 ao dia (ver lâmina 8); o orçamento da Seguridade Social já é superavitário (ver lâmina 27