Leilão de arrozA Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará amanhã, em sua sede em Brasília, o quarto leilão de arroz do mês. Serão ofertadas 100,3 mil toneladas do cereal, com 90% do produto armazenado no Rio Grande do Sul e o restante em Santa Catarina. Com a transação, a oferta de arroz em maio chegará a quase 300 mil toneladas. Os leilões impediram maior aumento do produto no mercado, onde o valor da saca de 50 quilos se limitou a 6% neste mês. Até a semana passada foram comercializadas 185,6 mil toneladas.
Impacto do clima Um estudo divulgado ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontando que o aquecimento global diminuirá a produção de commodities agrícolas nos próximos 50 anos, na medida em que o fenômeno aumentará a seca no país. Em um cenário onde os agricultores serão forçados a mudar o gerenciamento da água e da terra, o USDA prevê redução de 4% nos ganhos com o milho, 12% no caso do arroz e 6,7% com o trigo. "O aquecimento mudará o regime de chuvas, a migração de insetos e os padrões de crescimento de ervas-daninhas por todo o país", diz o documento.
Mais pasto para o gado O governo americano liberou cerca de 9,7 milhões de hectares de seu programa de áreas conservadas para a pastagem, como forma de compensar a alta nos preços da ração animal. De acordo com o secretário da Agricultura, Ed Schafer, a iniciativa não afetará o ambiente - o pasto será liberado por tempo determinado. "Espero que isso reduza o peso que os produtores estão carregando", disse o secretário. O programa de conservação americano concede pagamentos anuais aos fazendeiros para que eles plantem capim e árvores em parte da propriedade e mantenham a mata ciliar, essencial para a melhoria da qualidade da água, do solo e a proteção da fauna.
Frango sustentável A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef) lançará hoje, em Paris, uma campanha para demonstrar na Europa que a produção do país é sustentável, de qualidade, não ameaça a Amazônia e não utiliza hormônios ou substâncias cancerígenas, como alguns jornais publicam no velho continente. "Decidimos ser pró-ativos, ao invés de ficar enviando cartas", disse o diretor-executivo Christinan Lohbauer. "Mostramos o peito, porque a avicultura brasileira é o exemplo do agronegócio bem sucedido", disse o ex-ministro Francisco Turra, presidente da Abef. FONTE: Valor Econômico - 28/05/2008