Na mesa de negociação, representantes do Incra, Polícia Militar, agricultores e procuradores discutiam uma solução para o impasse da ocupação. Como em Alagoas ainda não há uma vara para questões agrárias, a reunião de conciliação ocorreu na sede do TJ.
Após duas horas de negociação, o impasse que envolvia a fazenda Humaitá, em Coqueiro Seco, chega ao fim. Os trabalhadores rurais desocuparão as terras e o Incra fará uma vistoria. O resultado não agradou ao Movimento.
"Vivemos do que plantamos e, deixando a fazenda, perdemos tudo. Então, para nós, não é satisfatório", diz a coordenadora regional do MLST, Terezinha Vital, reconhecendo, ainda, alguma vantagem no resultado. "É uma parte importante no processo. Eles farão uma vistoria para saber se é uma boa área para plantarmos", diz, revelando que, agora, o destino das famílias será "passar fome na beira da BR".
Os sem terra terão que deixar a fazenda até o dia 19. A empresa proprietária se comprometeu a fornecer 5 ônibus para o transporte dos agricultores, 120 cestas básicas, seis rolos de lona e um caminhão para o transporte dos materiais. Já o Incra prometeu vistoriar a área e elaborar um parecer sobre a produtividade social da empresa.
Ocupada há sete meses por 120 manifestantes, a fazenda ficou conhecida por ser o local do cativeiro onde foi seqüestrado o juiz Paulo Zacarias.
Com TV Gazeta FONTE: Gazeta News ? AL