De 23 a 25 de janeiro, aconteceu em La Paz, capital da Bolívia, um seminário de avaliação dos últimos três anos de atuação da COPROFAM, com vistas ao apoio recebido de grandes parceiros FIDA/ Oxfam/ ActionAid, que está sendo encerrado e que foi fundamental para o crescimento da entidade. Portanto, foi um momento de balanço dos avanços e desafios a serem enfrentados e também de avaliação do que foi feito nesse período.
O encontro contou com a presença de representações das organizações filiadas nos sete países que compõem a COPROFAM: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, inclusive dos membros da Mesa Diretiva da entidade. Também houve participação do governo da Bolívia e de representantes do FIDA e da FAO. “Foi um momento muito importante de avaliação, onde planejamos ainda como será a nossa atuação no Ano Internacional da Agricultura Familiar em 2014, já que temos a função de representar a América Latina no Comitê Internacional de organização do AIAF. Também aproveitamos para definir as metas estratégias frente aos desafios do Ano Internacional da Agricultura Familiar”, avaliou a secretária geral da COPROFAM, Alessandra Lunas, que é a vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da CONTAG.
O projeto em questão previa que a COPROFAM fizesse incidência em determinados espaços de negociação no âmbito internacional e, nessa meta, foi avaliado que a entidade foi além do previsto. Além disso, ela tem qualificado a intervenção das organizações e tem dado visibilidade a elas. “Hoje, temos a COPROFAM reconhecida no mundo inteiro, inclusive em espaços da ONU”, informou Lunas.
Além disso, as organizações reafirmaram o papel da COPROFAM no fortalecimento da atuação das entidades a ela filiadas, garantindo uma efetiva representação dos interesses da agricultura familiar, campesina e indígena no diálogo com os governos e na luta pela criação de espaços estratégicos para discutir o fortalecimento do setor.
Avaliou-se ainda o quanto a COPROFAM tem feito para garantir o reconhecimento da agricultura familiar como eixo fundamental na garantia da Soberania Alimentar Mundial.
Segundo a dirigente, a própria Lei da Agricultura Familiar sancionada na Bolívia, em 26 de janeiro de 2013, saiu desse espaço de discussão da COPROFAM e serve de exemplo para as outras nações.
A delegação brasileira foi composta por Alessandra Lunas e Marcos Brambilla, dirigente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (FETAEP), membro da Mesa Diretiva da COPROFAM. FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi