A Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, que acontece em Copenhague durante toda essa semana, também movimenta dezenas de milhares de pessoas dentro ou fora do Centro de Convenção destinado para o evento. A Delegação Brasileira é considerada uma das maiores, com mais de 300 integrantes. Os trabalhadores e trabalhadoras rurais estão representados pela secretaria de Meio Ambiente da Contag, Rosicleia dos Santos. Esta semana as negociações estão na reta final. Entretanto, Rosicleia dos Santos relata que "outro ponto que dificulta o acordo é o financiamento de longo prazo para combater o aquecimento global, que sequer foi mencionado na proposta de documento apresentado na semana passada". O secretário executivo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, UNFCCC, Yvo Boer, disse hoje que "embora exista uma vontade política forte para um bom resultado em Copenhague, é necessário que essas boas intenções sejam substituídas por soluções". O documento rascunho, apresentado na reunião geral das 192 nações que participam da conferência, sofreu críticas dos principais países emissores de gases que provocam o efeito estufa. As críticas foram apresentadas pela União Europeia, Japão e Canadá, que questionam o capítulo que trata da redução das emissões nas grandes nações em desenvolvimento, entre elas a China, a Índia e o Brasil. O documento está em negociação, mas a proposta é de que os países em desenvolvimento adotem medidas para diminuir a curva de emissões até 2020, que ficaria em torno de 15% e 30%. Já para as nações desenvolvidas a meta seria de reduzir as emissões entre 25% e 40% até 2020 e 50% a 95% até 2050. Tudo isso comparado ao nível de 1990. Individualmente ou em grupo esses cortes deveriam ser de 75 a 85%. FONTE: Suzana Campos, Agência Contag de Notícias