Este tema já foi discutido e aprovado na COP 15 de Copenhague em 2009, e é de extremamente importante para o Brasil como uma das estratégias que permite diminuir as emissões, especialmente a partir da redução das queimadas que é um dos principais fatores de emissões de CO2, ao mesmo tempo em que se abrem possibilidades de alavancar recursos externos alocados pelos países ricos para investimentos em conservação e preservação das florestas nativas existentes.
Em palestra realizada no estande do Brasil em Cancun, um representante brasileiro do setor de carne acredita que o mecanismo de (redução de emissões por desmatamento e degradação) REDD é um bom instrumento que pode auxiliar a regularizar a situação ambiental de muitos produtores brasileiros. Corre-se o risco de concentrar os recursos nos grandes produtores, em face destes já estarem agindo para disciplinar o setor como o que vem ocorrendo no Mato Grosso, se recusando inclusive a comprar gado de produtores que não conseguem provar a regularidade ambiental de suas propriedades. A secretária de Meio Ambiente da Contag, Rosicleia dos Santos, alerta que é necessário ficar atento e que o REDD é uma promessa a se concretizar.
“Os trabalhos apresentados na COP 16 ainda são incipientes e especialmente teóricos em face às poucas experiências práticas existentes e por ainda não existir a definição dos mecanismos de acesso e de enquadramento do público a ser beneficiado com as iniciativas previstas no REDD”, explica Rosy.
Protocolo de Quioto Circularam notícias do descontentamento do Japão ao enfatizar que o protocolo perdeu o sentido de continuidade sem a adesão dos Estados Unidos e da China – os dois principais emissores de CO2 do planeta - e que não há sentido em continuar fazendo empenhos sem a contrapartida e compromissos destes – dado que os países que fazem parte do protocolo representam apenas 27% das emissões globais.
Este impasse joga mais água fria nas pretensões de sair de Cancun com algum tipo de acordo mínimo que possa reorientar as próximas discussões na busca de agenda ambiental compartilhada e mais consistente, a fim de frear o impacto das emissões dos gases de efeito estufa diante dos esforços dos países em fazer a economia sair do marasmo por meio do aumento da atividade produtiva. Esta opção secundariza a ampliação dos debates sobre a questão ambiental. FONTE: Eliziário Toledo, assessoria da Contag, de Cancún