Em protesto contra medidas e propostas do governo Temer e Congresso Nacional que violam direitos conquistados na Constituição, em especial aqueles que atentam contra a saúde pública, universal e gratuita, a CONTAG junto a várias organizações e movimentos sociais ocuparam nesta quarta-feira (07) a Esplanada dos Ministérios com a 3ª Marcha em Defesa da Saúde, da Seguridade Social e da Democracia.
“Nossa presença aqui é para manifestar e reafirmar nossa luta pelas políticas públicas que são importantes para o povo brasileiro, sobretudo, para os mais pobres que estão no campo e nas periferias. Nossa luta é pela garantia da saúde, educação e previdência social. É para denunciar a grande onda de desmonte que o governo Temer vem fazendo com as políticas já conquistadas pelos trabalhadores e trabalhadoras. Dizer que somos contra a criminalização das organizações sociais, que inclusive estão sendo recebidas com atos truculentos quando vêm trazer suas bandeiras de luta aqui no Congresso Nacional. Viemos aqui para mais uma vez dizer que não concordamos com a PEC 55 que será votada no Senado e também não aceitamos a proposta de reforma da previdências social”, denunciou o secretário de Políticas Sociais da CONTAG, José Wilson Gonçalves. Confira na íntegra a fala do secretário da CONTAG, José Wilson AQUI Na multidão presente na 3ª Marcha em Defesa da Saúde, da Seguridade e da Democracia, o sentimento é de revolta.
“Precisamos lutar pelos nossos direitos. Não podemos aceitar a PEC 55. Não aceitamos a reforma na Previdência proposta pelo Temer e seu Congresso aliado, pois nós trabalhadores e trabalhadoras rurais já lutamos muito pelo direito de se aposentar dignamente com 55 anos mulher e 60 anos homem. Agora eles querem que a gente se aposente na hora da morte”, desabafa com a voz embargada a agricultora familiar Ernilza Santos.
“Eu sou usuário do SUS! Já fui atendido pelo SAMU, na UPA, amigos meus acessam os serviços da Farmácia Popular e por aí vai um monte de atendimentos prestados para mim e para todos e todas que me cercam. Por isso eu vim participar da Marcha. Vim para gritar que não concordo com as novas medidas que o Governo tá botando pra nós. Defendemos um Sistema Único de Saúde gratuito e de qualidade, para isso é preciso se mantar os investimentos que já vinham sendo feitos e ainda aumentar os recursos para o SUS melhorar”, afirma Jorge Francisco Zata, agricultor familiar.
PEC 55 significará a morte do povo brasileiro. A PEC 55 representa para o Sistema Único de Saúde (SUS) um prejuízo da ordem de R$ 434 bilhões, conforme estimativa da Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento (COFIN) do Conselho Nacional de Saúde. A PEC foi aprovada em primeiro turno no Senado em 29 de outubro. Está previsto para esta quarta-feira, mesmo dia da 3ª Marcha, o início da discussão da matéria pelos senadores. A votação em segundo turno está marcada para o dia 13. Para aprovação da PEC serão necessários pelo menos 49 votos, o equivalente a três quintos do total de senadores. Se for aprovada, a matéria seguirá para promulgação.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes