Nesta semana, uma grande delegação com dirigentes da CONTAG, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Goiás (FETAEG), e sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras (STTRs) do Goiás visitou um futuro Centro de Formação, localizado a aproximadamente 20 km de Caldas Novas- GO, que há anos aguarda término de sua reforma. Este Centro será um campus da Universidade Federal de Goiás, que vai atender também a população rural da região. Além dos dirigentes, participaram da visita o reitor da Universidade Federal de Goiás, a equipe de arquitetos e engenheiros responsáveis pelo projeto de reforma e uma representante do MEC. Esta foi a segunda visita feita pela CONTAG para acompanhamento da obra. A primeira ocorreu em novembro do ano passado.
O espaço pertencia originalmente a Furnas, que o utilizou na época da construção da usina hidrelétrica de Corumbá, próxima dali. Com o fim da obra, o local ficou abandonado, e foi cedido para a Universidade Federal de Goiás, que comanda agora as reformas e adaptações para torná-lo apto à receber alunos e alunas. A proposta é que a estrutura seja adaptada para que lá sejam ofertados cursos de pós-graduação, graduação, cursos técnicos, formação continuada de professores da rede pública, educação de jovens e adultos e cursos de qualificação para a agricultura familiar, dentre outros.
A área toda possui mais de 170 hectares, e 104 casas construídas. Pelo tamanho, será possível construir muitas salas de aula e espaços para aprendizado prático, como previsto pelas metodologias da Pedagogia da Alternância, que propõe aulas teóricas e práticas, com o propósito de um ensino completo.
Problemas na construção
A obra já está em curso há muitos anos, e enfrentou problemas com as licitações. O orçamento previsto para as primeiras adaptações que já tornariam possível a utilização do Centro para aulas era de 3 milhões. Duas licitações ocorreram, mas nenhuma das empresas que ganhou conseguiu concluir o projeto, mas chegaram a usar parte do dinheiro. A explicação dada pelos engenheiros é que as empresas eram de pequeno porte e a obra muito extensa, além da capacidade das mesmas.
A CONTAG se mobiliza agora para garantir uma nova licitação com os recursos restantes. Após a visita, a Comissão vai articular uma audiência com o ministro da Educação para discutir o futuro do Centro. “Vamos pedir uma audiência com o ministro para que possamos reafirmar com ele o compromisso de reestruturação do Centro e liberação de recursos tanto para a reforma física quanto para equipamento. Esperamos que ele continue reafirmando o compromisso com a educação do campo”, diz José Wilson Gonçalves, secretário de Políticas Sociais.
Comprometimento da CONTAG
A CONTAG tem se mobilizado e reivindicado por uma política de educação no campo que chegue à base e forme crianças e jovens com projetos pedagógicos que se adequem à realidade deste espaço, que possui necessidades diferentes do meio urbano. Para tal, a Confederação tem atuado no sentido de garantir tanto políticas para regulamentar este tipo de educação quanto recursos e estruturas físicas para promover o ensino no campo. “Não queremos somente mudanças na lei, mas também adequar os instrumentos físicos e pedagógicos para que eles haja uma formação adequada”, destaca José Wilson.
Fotos: Danilo Guimarães/FETAEG FONTE: Imprensa CONTAG - Gabriella Avila