Em 16 de agosto, um grupo de trabalhadores e trabalhadoras das minas de Marikana (a 40 km de Johannesgurgo), na África do Sul, foi assassinado por policiais em confronto depois de alguns dias de manifestação. Os mineiros(as) tinham como reivindicações serem recebidos por diretores da Lonmim e um aumento salarial dos atuais 5000 rands (equivalente a 1200 reais) para 12000 (cerca de 2900 reais).
Segundo notícias veiculadas em todo o mundo, a cena do massacre lembrou o período do Apartheid. No entanto, o conflito deixou de ser racial para trabalhista, pois a África do Sul ainda é flagelada pela desigualdade e por um mercado de trabalho cruel. A Agência Reuters afirmou que até 18 pessoas podem ter sido assassinadas. Mas, outros jornais noticiaram que esse número pode ser superior a 70 pessoas.
Para a CONTAG, essa chacina e o tratamento violento dispensado aos trabalhadores(as) sul africanos evidenciam a criminalização dos movimentos sociais e de parte do Estado, além da falta de respeito à vida, à organização e à manifestação dos cidadãos e cidadãs. FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi