Seis líderes camponeses paraguaios foram condenados injustamente de participar do sequestro e morte de Cecília Cubas, filha do ex-presidente do Paraguai, crime ocorrido em 2004. Contra eles existe apenas o testemunho de uma pessoa, um ex-membro do Partido Patria Libre, Dionisio Olazar, que não apresentou qualquer prova do que disse e, em vários depoimentos, apresentou informações contraditórias sobre o caso.
Em 2012, os acusados foram condenados a 25 anos de prisão mais 10 anos de “medidas de segurança”, em um caso viciado e sem provas concretas contra os líderes camponeses. Em maio de 2016 a Corte Suprema de Justicia del Paraguay confirmou a sentença de primeira instância, sem atender a nenhum dos apelos da defesa.
Os movimentos campesinos paraguaios acusam o Ministério Público de seu país de agir de forma arbitrária e ideológica, pois não considerou quaisquer das provas e testemunhos acerca do não-envolvimento dos seis trabalhadores acusados.
Roque Rodríguez, Gustavo Lezcano, Basiliano Cardozo, Arístides Vera, Simeón Bordón y Agustín Acosta estão há mais de dez anos presos. Foram detidos na Argentina em maio de 2006 e extraditados para o Paraguai em 2008, tendo ficado privados de liberdade por dois anos e sete meses. Mas a justiça paraguaia desconsiderou esse período, descumprindo o compromisso feito no momento da extradição, mais uma das arbitrariedades cometidas no caso.
A CONTAG se solidariza com a luta dos seis líderes e dos movimentos campesinos paraguaios, que, assim como todos os movimentos de luta do campo, no Brasil, na América Latina e no mundo, enfrentam injustiças e violência por parte de setores da elite que querem impedir a luta por direitos, igualdade e justiça social para todos.
Sigamos na luta, companheiros(as)!
FONTE: Vice-presidência e Secretaria de Relações Internacionais da CONTAG