Com objetivo de aprofundar o debate sobre a proteção infanto-juvenil no campo, ampliando a compreensão da concepção de proteção integral de crianças e adolescentes, a Contag encerra nesta quarta-feira (2/2) uma oficina sobre o tema em Brasília. O encontro começou na segunda-feira e reúne representantes de federações do Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso, além de assessores e coordenadores regionais da Contag. É o caso dos estudantes da primeira turma de Direito para beneficiários da reforma agrária e agricultores familiares da Universidade Federal de Goiás, Ana da Cruz e Odair Onofre Gomes Camilo. Para eles, a oficina ajudou a enriquecer o projeto de monografia da faculdade, cujo tema é a proteção infanto-juvenil no campo. “A gente vê em eventos como esse as diversidades regionais e como é a ideia cultural que cada um tem do assunto. Uma das dificuldades é medir, na forma da lei, o que é degradante e o que é transmissão de conhecimento", afirmou. A ex-dirigente da Fetagro, Ana da Cruz, endossa a consideração do colega de faculdade e vai além: “o movimento sindical tem dificuldade de atuar na base conscientizando as famílias da diferença entre trabalho educativo e explorativo. Às vezes há omissão no assunto por falta de conhecimento e medo de estar infringindo a lei”.
A coordenadora de Jovens da Fetaemg, Maria Alves de Souza, também aposta em debates cada vez mais intensos entre os agentes interessados para progredir no tema. "O que me incentivou estar aqui é a necessidade de discussão desse tema, então, espero que as propostas de metodologia e estratégias reunidas aqui possam contribuir para a melhorar a ampliação do debate de construção de política para a construção de proteção infanto-juvenil no movimento e na sociedade". Para o secretário de Políticas Sociais da Contag, José Wilson, além da ausência de atividades sindicais que incorporem a temática, ainda falta conhecimento da base sobre o acesso das políticas voltadas para esse público. “Conquistamos importantes direitos na legislação, mas, do ponto de vista de estratégia de acesso a eles, a gente precisa avançar mais”, disse. FONTE: Agência Contag de Notícias - Danielle Santos