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CONTAG pressiona e governo promete R$ 600 milhões para Reforma Agrária
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04 de Setembro de 2018


COMUNICAÇÃO FETAEG - Danilo Guimarães/ ARTE: COMUNICAÇÃO CONTAG - Fabrício Martins
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Como resultado da constante articulação da CONTAG, através da sua Secretaria de Política Agrária, das Federações e Sindicatos, o governo federal prometeu disponibilizar R$ 600 milhões para áreas já empenhadas à Reforma Agrária. Do total, cerca de R$ 411 milhões serão destinados para áreas acompanhadas pelo Sistema CONTAG para a compra de 53 imóveis nos estados da Bahia, do Ceará, do Distrito Federal, do Espírito Santo, do Goiás, do Maranhão, do Mato Grosso, do Pará, do Piauí, de São Paulo e do Tocantins. Beneficiando 4.533 famílias.. “Essa é uma conquista da CONTAG, das Federações e dos Sindicatos, uma vez que temos articulado nossa pauta aqui em Brasília com pressão todos os dias no Incra e na Casa Civil, e ainda realizado Encontros Regionais e Estaduais de Reforma Agrária que proporcionam uma conversa direta entre os trabalhadores(as) rurais e representantes dos órgãos fundiários sobre a obtenção de terras e o desenvolvimento dos Assentamentos. Foi a nossa agenda de luta que resultou na promessa do governo de disponibilizar os R$ 600 milhões para pagar as áreas já empenhadas. A Reforma Agrária é uma luta muito difícil, por isso é preciso que a gente se mobilize sempre, e agora não é diferente”, destaca o secretário de Política Agrária da CONTAG, Elias D’Angelo Borges. TABELA: Veja na tabela por estado, os municípios, as áreas empenhadas e quantidade de famílias contempladas: Bahia/Barra/Fazendo Pau D’Arco/2.310 hectares/32 famílias; Bahia/Morro do Chapéu/Fazenda Eldorado/492 hectares/15 famílias; Ceará/ Marco/Cajueirinho e Pedra Branca/1.074 hectares/ 17 famílias; Ceará/Quixeramobim /Fazenda Tigui - 1.316,48 hectares /30 famílias; Espírito Santo/ São Gabriel da Palha/ 16 famílias; Distrito Federal/São João D’Aliança/Fazenda Riacho do Mato/ 2.106,89 hectares /76 famílias; Distrito Federal/Flores de Goiás/Fazenda Sussuarana e Juiz de Fora/3.004 hectares/141 famílias; Distrito Federal/Formosa/Fazenda Água Fria/2.655 hectares/125 famílias; Distrito Federal/Formosa/Fazenda Barra 1/5.829 hectares/179 famílias; Distrito Federal/São João da Aliança/Fazenda Riacho do Mato/2.106 hectares/76 famílias; Distrito Federal/ Fazenda Ambrósio ou Moreira/Unaí-MG/452 hectares/16 famílias; Goiás/Arenópolis/Fazenda das Pedras – 771,92 hectares /21 famílias; Goiás/Barro Alto / Fazenda Bocaina do Passa Três - 1.803,31 hectares/ 63 famílias; Goiás/Cachoeira Alta/Fazenda Alegres e Matriz, Flor da Serra/468 hectares/22 famílias; Goiás/Cidade de Goiás/Fazenda Cedro/1.138hectares/56 famílias; Goiás/ Panamá/ Fazenda Panamá, Salina e Santa Rosa - 487,96 hectares/ 24 famílias; Goiás/Turvelândia/Fazenda Monjolo - 3.438,62 hectares/ 250 famílias; Goiás/Vila Propício/Fazenda Bom Jesus, Brejão/ 1.216 hectares/60 família; Maranhão/Alto Alegre do Pindaré/Fazenda Taquara 1 e 2/4.081 hectares/116 famílias; Maranhão/Barreirinhas/Fazenda Palmira, Cocal/2.415 hectares/ 176 famílias; Maranhão/Cantanhede/Fazenda Guaribas/927 hectares/26 famílias; Maranhão/Chapadinha/Bacuri, Data Cumbre (Boa Esperança)/668 hectares/21 famílias; Maranhão/Chapadinha/Fazenda Mangueiras e outras/2.189 hectares/57 famílias; Maranhão/Chapadinha/ Fazenda Santa Maria III/1.473 hectares/48 famílias; Maranhão/ Coroatá/Fazenda Barreirinhas/ 1.891,10 hectares/ 93 famílias; Maranhão/Grajaú/Fazenda Pintada/569,92 hectares/26 famílias; Maranhão/Imperatriz/Fazenda Eldorado/3.297,79 hectares/110 famílias; Maranhão/Lago Verde/ Fazenda Canarana/706,60 hectares/21 famílias; Maranhão/Lago Verde/ Fazenda Marfim e Maratoan/1.410,62 hectares/41 famílias; Maranhão/ Presidente Vargas/ Fazenda Higienópolis/457,37 hectares/40 famílias; Mato Grosso/Água Boca/Fazenda Nacional/7.373,39 hectares/267 famílias; Mato Grosso/Barra do Garças/8.988,67 hectares/270 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã I,Figura VIII-B/1.251,24 hectares/50 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã I, Figura VIII-C/ 2.002,09 hectares/ 80 famílias; Mato Grosso/Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã I, Figura VIII-D/2.001,92 hectares/ 80 famílias; Mato Grossso/Nova Bandeiras/Fazenda Japuranã I, Figura X/2.101, 70 hectares/84 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã I, Figuras IX e XI/4.012,47 hectares/ 160 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã I, Figuras XII e VII-E/4.004,28hectares/160 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã I, Figuras XIII e VIII-F/4.006,00 hectares/ 160 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã X, Figura I/1.399,01 hectares/ 55 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã X, Figura II/3.332,75 hectares/ 133 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã X, Figura III/2.609,02 hectares/ 104 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã X, Figura IV/1.998,39 hectares/ 79 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã X, Figura V/2.000,16 hectares/ 80 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã X, Figura VII/2.070, 27 hectares/ 82 famílias; Mato Grosso/ Nova Bandeirantes/ Fazenda Japuranã X, Figura VIII/2.000,40 hectares/ 80 famílias; Pará/Conceição do Araguaia/ Fazenda Céu e Mar/ 1.757,39 hectares/ 58 famílias; Pará/Ipixuna do Pará/Fazenda Manso/2.290,78 hectares/42 família; Piauí/Canto do Buriti/Escondida e Baixa Funda/3.516,73 hectares/33 famílias; Piauí/Cristino Castro/ Fazenda Nova Santana e Chupeiro/ 2.055,49 hectares/ 27 famílias; Piauí/Currais/Aroeira e Correntinho/10.810,80hectares/111 família; São Paulo/ Andradina/ Fazenda Macaé -1.451,42 hectares/ 150 famílias; Tocantins/Carmolândia/Fazenda Vera Cruz, Primavera/ 3.527,15 hectares/ 117 famílias; Tocantins/Pequizeiro /Fazenda Morrinhos e Jacu/2.884,61 hectares/89 famílias. MUDANÇAS A PARTIR DA REFORMA AGRÁRIA Quando o recurso chega e as famílias são assentadas é fácil compreender porque a Reforma Agrária deve ser palavra de ordem na sociedade brasileira, a exemplo das experiências exitosas dos Assentamentos (13 de Maio, Três Pontões, São Gabriel, Valmir Antônio Barbosa, Associações Estiva e Esperança), em São Gabriel da Palha - Espírito Santo.

Foto: Divulgação Após 30 anos de conquista da terra, as famílias produzem de forma organizada o café conilon que é comercializado através da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel). A Cooperativa é a maior do país e sua compra é específica dos agricultores e agricultoras familiares assentados(as). “Praticamente todas as famílias assentadas da nossa região cultivam o café conilon e comercializam através da Cooabriel. Através desse contrato de parceria, a Cooperativa nos ajuda desde o beneficiamento da produção (preparo da terra, variedade no plantio e os tratos culturais) até a comercialização”, destaca o agricultor familiar, Célio Siqueira, que produz o conilon com sua família.

Foto: Divulgação Apesar de 70% das famílias de São Gabriel da Palha-ES produzirem só o café conilon, também há nos assentamentos plantações de pimenta do reino, entre outros alimentos. E ganhos também na infrastrutrura: é o caso de 31 famílias de São Gabriel e Três Pontões, beneficiadas com o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). Outro bom exemplo de superação a partir da conquista da terra vem do Assentamento Boa Vista, em Caiapônia (GO). Criado em 2009 por meio de uma desapropriação, o Assentamento que mede 2.468 hectares abriga 44 famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais que investem na criação de gado e comercialização de leite e seus derivados. Depois do acesso a terra, as famílias também foram contempladas com Programas Sociais, como o Luz para Todos e o Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR (Minha Casa Minha Vida Rural), o que tem possibilitado o aumento das vendas e uma vida mais digna para os assentados(as).

Foto: Danilo Guimarães - Comunicação FETAEG “Se o governo assentar e nos der condições de trabalhar na terra, nossa situação é bem melhor do que ser diarista ou servidor público”. A declaração é do assentado da Reforma Agrária, Sérgio Nunes da Silva, que há 10 anos vive no Boa Vista com sua esposa e dois filhos. A família tem 20 cabeças de gado e chega a produzir por dia 200 litros de leite, em uma área de 26 hectares. Todo o leite é vendido através da Cooperativa do Assentamento. “Já enviamos projetos e estamos na luta para conseguir R$ 26.500 do Pronaf. Se conquistarmos o recurso produziremos ainda mais”, destaca o assentado.

Foto: Danilo Guimarães - Comunicação FETAEG Antes a família de Sérgio vivia no Acampamento União. Debaixo da lona e sem terra, não tinha condições de criar, plantar e comercializar. Além de resolver situações de conflitos localizados, de extrema pobreza e de exclusão social, os Assentamentos da Reforma Agrária se bem trabalhados no que se refere ao desenvolvimento, tornam-se espaços de resgate do potencial das culturas agrícolas locais, de geração de emprego e renda para a agricultura familiar.“A Reforma Agrária não é importante só para economia, mas também para subsistência das famílias, pois a Agricultura familiar que comercializa também produz hortaliças, cria gado, galinhas e porcos, planta mandioca, milho e abóbora para o próprio consumo. Então a Reforma Agrária tanto fortalece a economia, bem como é essencial para manutenção dos próprios trabalhadores(as) rurais. Por isso lutamos pela Reforma Agrária, pois ela democratiza e faz da terra um espaço social produtivo”, compartilha Elias D’Angelo Borges. FONTE: Comunicação CONTAG- Barack Fernandes, com informações das Assessorias de Comunicação da FETAEG e FETAES



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