Após grande campanha realizada por mais de 100 entidades da sociedade civil, dentre elas a CONTAG, foram recolhidas quase 1,9 milhão de assinaturas populares para o Movimento Saúde + 10. Elas foram entregues ontem, 5 de agosto, ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), em ato público realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O objetivo é a criação de um projeto de lei de iniciativa popular que garanta o repasse de 10% da receita bruta da União para a saúde pública brasileira, mais especificamente para o Sistema Único de Saúde (SUS). Participaram do ato, além da CONTAG e da FETADFE, entidades que participam do Movimento Saúde +10, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras representatividades de trabalhadores e trabalhadoras da saúde e usuários do SUS. Para o secretário de Políticas Sociais da CONTAG, José Wilson de Souza, o projeto tem grande significado para as famílias do campo. “Essa é uma bandeira de luta extremamente importante para os trabalhadores e trabalhadoras rurais, que são 100% usuários do SUS. A partir de agora, a aprovação do projeto integra a agenda de mobilização da CONTAG”, diz. O presidente da CONTAG, Alberto Broch, também esteve no ato de entrega das assinaturas, e reafirmou o compromisso da Confederação com o acompanhamento do projeto. “Com certeza nós teremos uma grande agenda política para a tramitação no Congresso, e colocaremos esse tema na agenda geral do MSTTR. O mais importante é que conseguimos mobilizar a sociedade com as assinaturas. A sociedade precisa estar por dentro deste momento tão importante onde se discute a saúde no Brasil, para fortalecermos o SUS e termos uma saúde pública integral com qualidade”, declarou. Ao receber as assinaturas, junto a um simbólico cheque que trazia o número exato de assinaturas (1.896.592), o presidente da Câmara assumiu o compromisso de debater o tema no Congresso e trabalhar por sua aprovação “Me coloco a disposição para compor a mesa de negociação quando for necessário conversar com executivo para tratar desse tema”, declarou Henrique Alves. FONTE: Imprensa CONTAG - Gabriella Avila