“Apesar de todas as dificuldades impostas pela atual realidade política e econômica de nosso país, realizar uma conferência com a ampla participação dos usuários, para além dos gestores de saúde pública, é um grande marco desta conferência”, explica a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, que, junto com uma grande delegação composta por dirigentes sindicais agricultores e agricultoras familiares de todo o Brasil, participa da 16ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília (DF) nesta semana, de 04 a 07 de agosto. A secretária de Políticas Sociais da CONTAG participou da abertura da conferência e também dos debates sobre “Consolidação dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)” e “Financiamento Adequado e Suficiente para o SUS”, além de ato em defesa da saúde pública na tarde desta segunda-feira (05). “Defender a saúde da população do campo, florestas e águas é fortalecer e valorizar a agricultura familiar, além de ser uma política fundamental para a produção de alimentos saudáveis e a permanência no campo com dignidade e qualidade de vida”, destaca. Construção de pautas para a saúde A 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8) é realizada nesta semana, de 04 a 07 de agosto, reunindo no Pavilhão do Parque da Cidade, em Brasília (DF) cerca de cinco mil pessoas, entre representantes de movimentos sociais, conselheiros de saúde, usuários, trabalhadores e gestores do SUS. O principal objetivo é traçar diretrizes para as políticas públicas de saúde no país. O relatório final da 16ª Conferência vai ser base para a elaboração do Plano Plurianual 2020-2023 e do Plano Nacional de Saúde. “A etapa nacional ocorre após a realização de aproximadamente três mil conferências municipais e a mobilização de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal para discutirem e consolidarem propostas relacionadas à saúde. Também aconteceram mais de cem conferências livres, organizadas de modo independente por entidades e movimentos sociais, que abordaram temáticas relacionadas à saúde da população LGBTI+, de quilombolas, da população negra, de segmentos de juventudes, de atingidos pela hanseníase, de povos e comunidades de terreiros, dentre outros”, explica a organização da conferência. Para a dirigente, é importante destacar a unidade das organizações que participam da realização da conferência contra as ameaças ao Sistema Único de Saúde (SUS), pois se trata de uma grande demonstração de luta e resistência em defesa da saúde pública do Brasil reafirmando que “democracia é saúde e saúde é democracia”. “A democracia não se resume às eleições, mas também a ter nossos direitos constitucionais garantidos. As propostas que serão debatidas ao longo de toda a conferência são fruto de um processo democrático de debate de base, feitos pelos cidadãos e cidadãs nos municípios e estados, que reafirmam para a sociedade qual o projeto de país que representa nossas demandas e realidades”, afirma Edjane Rodrigues.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto