O encontro realizado ontem (4) no Palácio do Planalto teve o objetivo de expor um balanço das ações do governo federal, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), para acabar com a miséria e promover a inclusão social no Brasil.
A ministra Tereza Campello apresentou números e análises que demonstram a efetiva retirada de milhões de pessoas da situação de pobreza extrema por meio de programas sociais instituídos desde 2003, além do Plano Brasil Sem Miséria, lançado em 2011. “Os governos dos últimos 13 anos colocaram os pobres como prioridade no orçamento público. Fizemos um amplo trabalho de localização dessas pessoas e inseri-las nas políticas a que tem direito, como educação, saúde, acesso a água e a luz”, afirmou a ministra.
Estavam presentes representantes de diversos movimentos sociais e sindicais, como a CONTAG e outros movimentos de defesa do campo e da agricultura familiar, floresta e águas, de ciganos e povos tradicionais, comunidade LGBT, quilombolas, pessoas de rua e outros segmentos da sociedade. Após a exposição da ministra, todos tiveram a oportunidade de compartilhar informações e opiniões sobre a situação atual do Brasil.
O secretário de Políticas Sociais da CONTAG, José Wilson Gonçalves, lembrou as mudanças ocorridas com pessoas pobres de todas as regiões do país, mas principalmente do Nordeste e do Norte e fez referência ao seu município de origem, Independência (CE). “Olhar para o meu município é olha para a realidade da grande maioria dos municípios brasileiros. Sobretudo das populações residentes no campo. Muitas dessas pessoas não tinham sequer renda mínima e nem acesso a políticas básicas como água, energia, saúde, muito menos ensino médio e superior” disse o dirigente.
De acordo com ele, a partir da implementação das políticas sociais desde 2003 como bolsa família, Luz para todos, Água para todos, Acesso ao Crédito, Habitação rural, ensino médio, técnico e superior, a realidades destas famílias agora é outra. “É motivo de comemorar o que foi conquistado até agora. Nesse momento de conjuntura política adversa e de riscos de retrocessos é preciso construir unidades entre todas as Organizações Sociais e Sindicais e continuar na luta em defesa desses avanços”, afirmou.
“A nossa unidade deve ser em nome da democracia e do respeito ao Estado de Direito, para evitar qualquer retrocesso. Em nome da Confederação Nacional dos Trabalhadores(as) na Agricultura (CONTAG) estamos preparados para defender os direitos dos(as) conquistados a duras penas e somarmos forças nessa unidade campo e cidade para enfrentar as medidas de cortes de orçamento na políticas sociais anunciadas no plano Ponte para o Futuro do PMDB. Queremos avançar ainda mais é por isso que nós vamos continuar na luta, junto com todos aqueles que têm os mesmos ideais”, afirmou José Wilson.
Combate a críticas
Em sua exposição, a ministra Tereza Campello combateu as críticas que os programas sociais do governo vêm sofrendo e apontou o retrocesso representado pelo documento chamado Travessia Social, apresentado pelo PMDB. “Este plano diminui para 5% o número de pessoas atendidas por programas sociais, que serão completamente modificados. Mais de 36 milhões de pessoas serão excluídas, entre elas 15,7 milhões de jovens até 15 anos de idade. Isso significa tirar o futuro do Brasil. Não podemos aceitar ajuste fiscal em um programa que representa 0,47% do PIB e apresenta resultados tão expressivos na inclusão social e diminuição da pobreza”, apontou a ministra.
“O que o grupo político que tenta chegar ao poder tem o potencial de deixar a população mais pobre em situação ainda mais vulnerável. A questão não é quanto custa o Bolsa Família, mas quanto custa crianças fora da escola, sem saúde, sem estrutura. É inaceitável que os programas sociais sejam encarados como variáveis de custo fiscal. Eles são um conjunto de oportunidade para o crescimento do Brasil”, afirmou Tereza Campello.
Veja informações sobre os números apresentados pela Ministra Tereza Campello aqui.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto