A Diretoria e a Assessoria Técnica concluiram nessa sexta-feira (9/2) a discussão sobre o caráter e as estratégias operacionais para a organização do Festival Nacional da Juventude Rural, do Grito da Terra Brasil e da Marcha das Margaridas. Os três eventos fazem parte das ações de massa que o movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais (MSTTR) promove neste ano. A Oficina de Planejamento também discutiu sobre a 2ª Plenária Nacional da Contag e avaliou os pontos principais do Plano Operacional Anual (POA) 2006: relação Contag/CUT, eleições, gestão política, sustentabilidade financeira, comunicação, entre outros.O Festival Nacional da Juventude Rural está programado para o período de 26 a 29 de março em Brasília e deve reunir cerca de cinco mil jovens. O objetivo do evento é dar visibilidade à juventude rural e discutir as políticas públicas para os jovens do campo. "Queremos construir uma rede de articulação em torno da cultura, do desporto e da educação", explica Elenice Anastácio, coordenadora da Comissão Nacional de Jovens da Contag.A programação do festival prevê sete modalidades de jogos esportivos, exposições, feiras, lançamento de revista e oficinas culturais (dança, teatro, cinema, pintura e comunicação). Os jovens também pretendem fazer passeata na Esplanada dos Ministérios e entregar uma carta com as reivindicações da juventude rural ao presidente da República.Grito da Terra - O presidente da Contag, Manoel dos Santos, destaca que o caráter da 12ª edição do Grito da Terra Brasil (GTB) deve ser mobilizador, propositivo, reivindicatório e educativo. "O foco dessa manifestação será a reforma agrária do ponto de vista amplo, com destaque para educação, previdência rural e desenvolvimento da agricultura com distribuição de renda", afirma.As Comissões de Negociação devem ser reforçadas e a pauta de reivindicações do GTB 2007 deve ser aprovada durante as reuniões dos Coletivos Setoriais da Contag, programadas para a segunda semana de março. "A análise dos outros Gritos mostra que conseguimos negociar apenas 20% de nossas reivindicações. É ilusão fazer pauta muito ampla. Portanto, vamos definir critérios para elaborar uma pauta enxuta", defende Manoel dos Santos.O tamanho e o formato da mobilização serão definidos na reunião do Conselho Deliberativo da Contag, no dia 14 de abril. A idéia é entregar a pauta ao presidente da República até o dia 20 deste mês e começar as negociações duas semanas depois. O GTB 2007 deve ocorrer entre 14 e 18 de maio. A data precisa também será aprovada por conselheiros e conselheiras. A Oficina de Planejamento aprovou, ainda, um encontro com os senadores, deputados federais e estaduais que o MSTTR ajudou a eleger no ano passado. A atividade de integração foi agendada, inicialmente, para o dia 12 de maio.Marcha das Margaridas - A principal mobilização do MSTTR em 2007 será a Marcha das Margaridas. São esperadas 50 mil mulheres trabalhadoras em Brasília nos dias 21 e 22 de agosto. O lema da manifestação é "2007 Razões para Marchar contra a Fome, Pobreza e Violência Sexista". "Os principais temas mobilizadores serão a soberania e a segurança alimentar, o acesso a trabalho e terra, a valorização do salário mínimo e a defesa da saúde e da educação pública", anuncia Carmen Foro, coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres da Contag.Além de grande passeata na Esplanada dos Ministérios, as mulheres vão participar de feira de troca e comercialização para apresentar à sociedade e à mídia as propostas de agricultoras familiares, assalariadas rurais e trabalhadoras sem-terra. A preparação da marcha será definida nos encontros estaduais e seminários regionais agendados para o primeiro semestre. A Marcha das Margaridas deve ocorrer logo depois da II Conferência Nacional das Mulheres, programada para o período de 18 a 21 de agosto, em Brasília. A Plenária Nacional também já tem data marcada: 22 a 26 de outubro. O evento deve contar com a participação de 500 a 1.000 delegados de todo o País, que farão avaliação da gestão da Diretoria da Contag e traçarão os rumos do MSTTR até 2009. "A plenária não terá caráter exclusivamente de prestação de contas. Precisamos avaliar a política do nosso movimento e identificar os pontos de estrangulamento de nossa organização", adianta Juraci Moreira, secretário de Finanças e Administração da Contag.