Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) entregarão nesta quarta-feira (15) para a presidenta Dilma Rousseff a pauta do Grito da Terra Brasil 2015, que tem como tema central “Desenvolvimento Rural Sustentável com garantia de Direitos e Soberania Alimentar”.
A pauta do 21º GTB apresenta um conjunto de reivindicações demandadas pelos agricultores/as familiares do campo brasileiro que permitem construir uma agenda positiva para o crescimento da economia com distribuição de renda, que passa pela ampliação do orçamento público para o investimento em políticas públicas estruturantes para superar pobreza, as desigualdades sociais e ampliar e universalizar os direitos de oportunidades e igualdades para os sujeitos construírem cidadania, viverem e trabalharem com dignidade e qualidade de vida no meio rural.
Assim, a CONTAG espera o Governo reconheça e valorize os sujeitos do campo, atendendo as demandas com medidas e políticas concretas para avançar com a reforma agrária, fortalecer a agricultura familiar e proteger os/as assalariados/as rurais, assegurando aos homens e mulheres o direito à terra e ao território, a transição para agroecologia visando a produção e oferta de alimentos saudáveis, preservar e conservar a biodiversidade, e fortalecer as políticas públicas de geração de trabalho decente e de proteção social e cidadania, dentre as quais destacamos a saúde, educação de campo, Previdência e assistência social, segurança e comunicação.
Em 2015 o Grito da Terra Brasil acontece de 18 a 22 de maio, assim como no ano anterior, acontecerá de forma conjunta em todo Brasil, unindo em só grito, trabalhadores e trabalhadoras rurais dos municípios, estados e em Brasília.
Vale ressaltar!
Mais de 12 milhões de pessoas, vivem, trabalham, geram renda e são responsáveis por 38% do Valor Bruto da Produção Agropecuária Nacional. Destaca-se também, a participação de 4,1 milhão de assalariados e assalariadas rurais que contribuem expressivamente para a produção de riqueza no campo. A força produtiva e econômica da agricultura familiar e do trabalho assalariado, associada à dinâmica social, cultural e organizacional dos povos do campo movimenta o interior do Brasil e faz do espaço rural um lugar possível de se construir o bem-viver. Entretanto, o agronegócio e os grandes projetos de infraestrutura continuam investindo pesadamente sobre os territórios da agricultura familiar e sobre áreas protegidas institucionalmente, impondo um modelo produtivo padronizado e dissociado da estratégia de abastecimento interno e de garantia da soberania alimentar. Da mesma forma, os assalariados e assalariadas rurais continuam em grave situação de vulnerabilidade e submetidos à violação de direitos, inclusive ao trabalho análogo a escravidão.
Diante desta situação e da conjuntura política e econômica que estamos vivendo, o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais reivindica que vosso Governo adote medidas estruturantes e justas, realizando as mudanças necessárias para avançarmos com o desenvolvimento rural sustentável e solidário. FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG- Barack Fernandes