Em audiência realizada nesta manhã no Palácio do Planalto, dia 9 de maio, com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a CONTAG discutiu as principais reivindicações de interesse dos trabalhadores(as) rurais assalariados(as) para o 19º Grito da Terra Brasil.
O secretário da pasta na Confederação, Elias D’Angelo Borges, reivindicou uma nova pactuação do Compromisso Nacional do setor Sucroenergético, pois a CONTAG e as FETAGs avaliam que este é um espaço estratégico de diálogo entre trabalhadores(as), empregadores(as) e governo. “O Compromisso Nacional também teve um papel importante na conquista da publicação do Decreto que cria a Política Nacional de Trabalhadores Rurais Empregados – PNATRE, além de ter dado maior poder às entidades sindicais no acompanhamento de seus trabalhadores”, avaliou o secretário.
Ainda sobre esta proposta, o dirigente apresentou vários dados que justificam a preocupação da CONTAG com este setor, que vem perdendo, significativamente, centenas de postos de trabalho nos últimos anos e aumentando, na mesma proporção, o número de relações informais de trabalho. “De 2007 a 2011 foram extintos mais de 132 mil postos de trabalho. Hoje, dos 4,2 milhões de trabalhadores assalariados rurais, 2,5 milhões, ou seja, 60,2% estão trabalhando na informalidade sem a devida proteção (dados PNAD/IBGE, 2011)”, informou Elias.
Sobre esse assunto, o ministro mostrou-se preocupado com a quantidade de trabalhadores(as) que estão perdendo os seus empregos. “Precisamos fazer um bom debate sobre a realocação desses trabalhadores e investigar essa crise do setor. Precisamos saber o que ocorreu. Proponho reinstalar a mesa de diálogo para compreendermos melhor essa situação e com mais profundidade”, afirmou. Outras reivindicações da CONTAG são a criação de uma mesa de diálogo para tratar da pecuária, pois é um setor com alto índice de informalidade, e a construção e implementação da PNATRE, em tempo de amenizar os impactos da mecanização e inovações tecnológicas na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais.
O presidente da CONTAG, Alberto Broch, aproveitou a oportunidade para acertar com o ministro alguns detalhes de negociação e resposta à pauta do GTB. Broch cobrou o agendamento da audiência com a presidenta Dilma Rousseff para tratar de dois pontos fundamentais desse ano: a reforma agrária e a representatividade sindical. “Temos expectativas de avançar nas negociações desse ano. Se não avançarmos, teremos muitas dificuldades, principalmente na área da reforma agrária. A fala da presidenta no Congresso da CONTAG, em março, de que iria agilizar a reforma agrária, gerou muitas expectativas nos nossos trabalhadores e trabalhadoras”, destacou Broch. FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi