Mais de 100 trabalhadores rurais do setor da fumicultura do sul do País estão acompanhando hoje (22), na Câmara dos Depututados, audiência pública para prestar esclarecimentos sobre a posição do Brasil na Convenção COP 4 e sobre as consultas públicas 112 e 177 da Anvisa. A audiência é da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. A Contag e Fetags do sul acompanham os trabalhos e reivindicam suspensão imediata das consultas da Anvisa. Tais consultas inviabilizam a produção de fumo, o que vai gerar um alto índice de desemprego no Sul do País, que é responsável pela produção de 95% do tabaco brasileiro. Conforme analisa o secretário de Política Agrícola da Contag, Antoninho Rovaris, a produção de fumo no Sul do país é secular e não pode sofrer drásticas mudanças. “Nós estamos falando de mais de quase 3 milhões de trabalhadores que produzem fumo”, lembra o secretário. O presidente da Federação dos Trabalhadores (as) Rurais do Estado de Santa Catarina, Hilário Gottselig, insiste na defesa dos postos de trabalho. “Podemos pensar juntos em saídas a longo prazo, mas precisamos garantir a produção desses milhares de trabalhadores”, afirmou. A posição da Contag e das Fetags não é contra a saúde, mas conforme sustentam os trabalhadores que acompanham a audiência tais medidas acabam de uma hora para outra com a produção e com a renda de milhares de famílias. “Precisamos pensar com tempo na substituição da produção e na geracão de dividendos”, disse o agricultor familiar de Santa Catarina, Emiliano Brettwosky. A expectativa dos dirigentes é que o governo entenda o lado dos trabalhadores (as) rurais e busque soluções em conjunto para não desamparar inúmeras famílias do Sul do País. Além dos dirigentes da Contag, também participam da audiência a representante do Instituto Nacional do Câncer Tânia Cavalcante, o presidente em exercício da Anvisa, Dirceu Barbano, e o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Fumo, Romeu Schneider. FONTE: Agência Contag de Notícias Suzana Campos